OMS: mais de 1 milhão de crianças afegãs correm risco de morrer por desnutrição

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Publicado Sexta, 12 de Novembro de 2021 às 09:12, por: CdB

 

Agências humanitárias alertam para a crise de fome, no momento em que uma seca coincide com uma economia fragilizada pela retirada de apoio financeiro ocidental na esteira da tomada de poder do Talebã em agosto. O setor de saúde está sendo especialmente prejudicado.

Por Redação, com Reuters - de Genebra

Acredita-se que 3,2 milhões de crianças sofrerão de desnutrição aguda no Afeganistão até o final deste ano, e 1 milhão correm risco de morrer agora que as temperaturas estão caindo, disse uma porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.
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Mais de 1 milhão de crianças afegãs correm risco de morrer por desnutrição, alerta OMS
Agências humanitárias alertam para a crise de fome, no momento em que uma seca coincide com uma economia fragilizada pela retirada de apoio financeiro ocidental na esteira da tomada de poder do Talebã em agosto. O setor de saúde está sendo especialmente prejudicado, já que muitos profissionais estão indo embora por não receberem salários. – É uma luta acirrada agora que a fome toma conta do país – disse Margaret Harris por telefone da capital Cabul ao falar com jornalistas em Genebra. "O mundo não deve e não pode se dar o luxo de dar as costas ao Afeganistão". As temperaturas noturnas estão descendo a menos de zero grau Celsius, e temperaturas ainda mais frias devem deixar idosos e jovens mais suscetíveis a outras doenças, disse Harris. Em alguns lugares, as pessoas estão cortando árvores para fornecer combustível aos hospitais em meio a carências generalizadas, acrescentou ela.

Número de crianças

Harris não soube informar o número de crianças que já morreram de desnutrição, mas descreveu "alas repletas de criancinhas pequenas", inclusive um bebê de sete meses que disse parecer "menor do que um recém-nascido". Os casos de sarampo estão aumentando no país, e "para crianças desnutridas, o sarampo é uma pena de morte. Veremos muitas mortes mais se não agirmos rápido", disse Harris.
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