Gaza tem apenas três dias de combustível para serviços de saúde, diz OMS

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Publicado Quarta, 08 de Maio de 2024 às 13:44, por: CdB

Centenas de milhares de palestinos buscaram refúgio no sul de Gaza, fugindo dos combates mais ao norte do enclave palestino. Israel ameaçou um grande ataque à cidade de Rafah, ao sul, para derrotar milhares de combatentes do Hamas que, segundo o país.


Por Redação, com Reuters - de Gaza


A Organização Mundial da Saúde informou nesta quarta-feira que só há combustível suficiente para manter os serviços de saúde no sul da Faixa de Gaza por mais três dias.




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A OMS disse que uma entrega de combustível para a área foi negada

Centenas de milhares de palestinos buscaram refúgio no sul de Gaza, fugindo dos combates mais ao norte do enclave palestino. Israel ameaçou um grande ataque à cidade de Rafah, ao sul, para derrotar milhares de combatentes do Hamas que, segundo o país, estão escondidos lá, e suas tropas estão agora lutando contra o grupo islâmico nos arredores de Rafah.


A OMS disse que uma entrega de combustível para a área foi negada nesta quarta-feira. Também afirmou que o Hospital Abu Yousef al-Najjar, em Rafah, um dos três hospitais da cidade, já não estava mais funcionando. Alguns de seus equipamentos foram transferidos para hospitais de campanha, afirmou a OMS.


– A OMS pré-posicionou alguns suprimentos em depósitos e hospitais, mas sem mais ajuda fluindo para Gaza, não podemos manter nosso apoio aos hospitais que salvam vidas – disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que a OMS permaneceria na região para fornecer serviços de saúde.



Pacientes e médicos fogem de grande hospital de Rafah, em Gaza


Médicos e pacientes com medo estão fugindo de um hospital em Rafah, enquanto as transferências de doentes e feridos por uma passagem de fronteira no Egito estão paralisadas devido à operação militar de Israel, disseram médicos e moradores na terça-feira.


O hospital Abu Yousef al-Najjar fica em uma área no Sul de Gaza que o Exército israelense designou como zona de combate no conflito em que ataques israelenses repetidas vezes atingiram hospitais. Apenas um terço deles continua operacional. Israel justifica esses ataques dizendo que o Hamas os utiliza com propósitos militares, uma alegação que tanto os funcionários dos hospitais quanto o Hamas negam.


O médico Marwan al-Hams disse à agência inglesa de notícias Reuters que Israel colocou o hospital Abu Youssef al-Najjar no centro do campo de batalha. “Suas ameaças contra ele fizeram com que pessoas e pacientes deixassem o hospital”, disse, acrescentando que alguns funcionários médicos também foram embora.


O departamento de diálise para pacientes com doenças renais permanece aberto por enquanto, acrescentou.


A porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Margaret Harris, alertou que seu fechamento colocaria imediatamente em risco as vidas de cerca de 200 pacientes de diálise, porque é o único de Gaza.


– Se eles forem fechados, isso significa que todas essas pessoas simplesmente morreram de insuficiência renal, porque é isso que as mantém vivas – afirmou. Outros serviços médicos em Rafah já foram afetados, com alguns serviços suspensos.


A passagem de Rafah para o Egito foi tomada por Israel e fechada, impedindo tanto retiradas médicas de pessoas doentes e feridas quanto a importação de remédios, dizem grupos de auxílio médico. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 140 pacientes estavam programados para sair do enclave sitiado nesta terça-feira, para tratamento.




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