Oliver Stone denuncia atuação dos Estados Unidos na prisão do ex-presidente Lula

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Publicado Quinta, 15 de Julho de 2021 às 13:22, por: CdB

O diretor norte-americano Oliver Stone prepara um novo filme no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será a principal personagem e que deve ficar pronto no primeiro semestre do ano que vem. Segundo afirmou, a condenação de Lula é consequência do projeto norte-americano de patrulhar o mundo.

Por Redação, com agências internacionais - de Cannes, França
O processo e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato foi planejada e executada de acordo com os interesses norte-americanos, para desestabilizar líderes latino-americanos de esquerda. A denúncia é do diretor de cinema norte-americano Oliver Stone, de 74 anos.
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O diretor Oliver Stone prepara um documentário sobre o processo da Lava Jato, que prendeu o ex-presidente Lula
— Pegaram o Lula com a Lava Jato, foi selvagem, uma história suja — revela Stone, que concorre no Festival de Cannes, na França, com seu novo documentário JFK Revisited: Through the Looking Glass (sem título ainda em português), sobre o assassinato do presidente dos EUA John F. Kennedy. Stone prepara um novo filme no qual o ex-presidente petista será a principal personagem e que deve ficar pronto no primeiro semestre do ano que vem. Segundo afirmou, a condenação de Lula é consequência do projeto norte-americano de patrulhar o mundo. — É duro, é uma guerra em curso o que está acontecendo — acrescentou.

Autocensura

O premiado diretor nomeia, ainda, a mídia comercial norte-americana de tratar de forma parcial os países governados pela esquerda, entre eles Cuba, que enfrenta protestos nas ruas provocados por agentes estrangeiros, conforme denúncia do governo local. — A mentalidade no Ocidente agora é completamente anti-Rússia, anti-China, anti-Irã, anti-Cuba, anti-Venezuela. Não se pode falar nada de bom sobre eles. O que mais está na lista? No Brasil, Lula foi para a prisão, eles se livraram do Lula. Eles policiam o mundo — reafirma Stone. Há, ainda, a censura autoimposta pela indústria cultural, continuou. — Meus filmes não foram financiados pelos Estados Unidos, mas pela Inglaterra. O grande teste é se esse novo documentário não for lançado nos Estados Unidos — concluiu.
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