Publicado Sexta, 09 de Dezembro de 2022 às 13:41, por: CdB
O futuro ministro indicou o general Júlio César de Arruda para o comando do Exército, o almirante de esquadra Marcos Sampaio para a Marinha e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno para a Aeronáutica; além do almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire para o comando do Estado-Maior.
Por Redação - de Brasília
Ministro indicado para a Defesa, o ex-presidente do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro disse, nesta sexta-feira, que já aprovou junto ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as indicações para os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Lula destacou que "as Forças Armadas não foram feitas para fazer política".
Ex-ministro do TCU, José Múcio é um nome palatável para os comandantes militares
Após ter seu nome confirmado por Lula para o cargo, Múcio explicou que o critério adotado para a escolha dos comandantes foi o tradicional, de antiguidade.
— O sistema é o seguinte: o mais velho de cada Força. No caso da Marinha, o mais velho vai para o comando do Estado-Maior, que tem um revezamento entre as Forças e está na vez da Marinha, e o segundo mais velho vai para o comando da Marinha — destacou, em conversa com os jornalistas.
Novos comandantes
O futuro ministro indicou o general Júlio César de Arruda para o comando do Exército, o almirante de esquadra Marcos Sampaio para a Marinha e o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno para a Aeronáutica; além do almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire para o comando do Estado-Maior das Forças Armadas.
Na entrevista coletiva, nesta manhã, Lula disse, ao anunciar também outros nomes para seu ministério, que as Forças Armadas têm uma missão nobre e que teve uma relação "extraordinária" com os militares na primeira vez que governou o país.
— Eu fui presidente oito anos, eu tive uma relação com as Forças Armadas que foi, do meu ponto de vista, extraordinária, eles nunca me criaram nenhum problema, possivelmente eu tenha sido o presidente que mais recuperou as condições econômicas e necessidades estratégicas das Forçar Armadas — disse Lula.
Ainda segundo o novo presidente, seu governo continuará “fazendo mais, porque as Forças Armadas têm um papel importante”.
— As Forças Armadas têm um papel constitucional, elas têm que cuidar da soberania nacional, elas têm que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos e é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato se aposenta e seja candidato — acrescentou o presidente eleito.
Ministro civil
O presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), nomeou um número sem precedentes de militares para cargos tradicionalmente civis no governo, incluindo para o comando do Ministério da Defesa.
Múcio colocará fim a um período de quase cinco anos em que generais do Exército comandaram a pasta da Defesa. Este ciclo foi iniciado no governo Michel Temer e, desde então, quatro generais comandaram a pasta. A posse de Múcio em janeiro significará a volta do ministério a mãos civis.
— Eu tenho certeza que não poderia haver ninguém mais preparado para cuidar da Defesa do que o companheiro José Múcio. Eu tenho certeza que ele dará conta do recado e eu tenho certeza que as Forças Armadas irão cumprir aquilo que é a missão principal delas: cuidar da segurança desse país — concluiu Lula.