Nome de Cappelli ganha força para o Ministério da Defesa

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Publicado Terça, 09 de Janeiro de 2024 às 17:11, por: CdB

Múcio, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil nesta manhã, estaria pronto a “voltar para casa”, segundo interlocutor do Palácio do Planalto, após debelar o “incêndio que se alastrava” nas Forças Armadas, no 8 de Janeiro.


Por Redação - de Brasília

O nome do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, jornalista Ricardo Cappelli, ganhou destaque nesta terça-feira como possível chefe do Ministério da Defesa, hoje sob o comando de José Múcio, virtualmente fora da pasta após conversa com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na semana passada.

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O secretário-executivo do Ministério da Justiça é possível nome para o Ministério da Defesa, se Múcio pedir para deixar a pasta


Múcio, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil nesta manhã, estaria pronto a “voltar para casa”, segundo interlocutor do Palácio do Planalto, após debelar o “incêndio que se alastrava” nas Forças Armadas, no 8 de Janeiro. Desde então, Cappelli tem servido como uma espécie de ‘coringa’ tanto na Defesa quanto na Justiça, ao lado do agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.

Na reunião entre o possível substituto de Dino na Esplanada dos Ministérios, Ricardo Lewandowski, e o presidente Lula, na véspera, apesar dos elogios a Cappelli, o provável novo ministro quer colocar sua equipe nos cargos de confiança, o que deixaria Cappelli fora do governo. Esta, ainda segundo fontes, “não seria uma opção, uma vez que Lula quer manter Cappelli em um cargo de alta confiança”, após sua atuação no enfrentamento aos ataques terroristas ocorridos, no ano passado.

 

Justiça


O próprio Lewandowski nesta manhã, em conversa com jornalistas, teria dito que Cappelli estava pronto para "voos mais altos". Na Defesa, o atual titular da pasta tem dito que presidente Lula insiste que ele permaneça no posto, até segunda ordem, mas a pressão de seus familiares para que ele desembarque do governo tem aumentado.

Cappelli, por sua vez, após ocupar interinamente o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Justiça; além do trânsito livre no Alto Comando das Forças Armadas, reúne experiência suficiente para o lugar de Múcio. Ambos estiveram juntos, no ano passado, durante a troca de comando no Exército, com a chegada do general Tomás Paiva, e nas outras duas Forças.

No GSI, Cappelli passou a gerir a autarquia logo após a exoneração do general Gonçalves Dias, que apareceu em meio aos manifestantes durante os ataques ao Palácio do Planalto, no 8 de Janeiro, sem tomar nenhuma atitude para impedi-los. Com ele, outros cerca de 90 servidores deixaram os cargos.

 

Polícia Federal


Nome de confiança de Flávio Dino e do presidente Lula, o jornalista tem excelente trânsito com militares não é de agora. Amigo pessoal do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, agora ex-comunista e com discurso alinhado à extrema direita, Cappelli tem proximidade com setores da caserna em ambos os lados. Desde o general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, até os atuais comandantes das Três Forças.

Azevedo e Silva trabalhou ao lado de Cappelli durante durante o governo da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), quando o general assumiu a Autoridade Pública Olímpica e ele ocupara um cargo no ministério do Esporte. Cappeli conquistou, também, o apoio e a confiança do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que não economizou elogios ao superior.

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