Negociações travam e Machu Picchu tem mais um dia de greve

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Publicado Segunda, 29 de Janeiro de 2024 às 14:13, por: CdB

Para promover as privatizações no sistema de venda de ingressos, o governo alega que há um rombo de 8 milhões de soles (R$ 10,36 milhões na cotação atual) na venda de ingressos para a entrada no parque em 2023. A plataforma era administrada pela Direção Descentralizada de Cultura de Cusco.


Por Redação, com Brasil de Fato - de Lima


O Peru entrou nesta segunda-feira no quinto dia de greve contra a privatização das entradas do sítio arqueológico de Machu Picchu. Representantes do poder Executivo se reuniram em Cusco no domingo, mas as negociações com as lideranças do Coletivo Popular do Distrito de Machu Picchu não avançaram.




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Polícia peruana acompanha e reprime manifestações desde o início da greve

Os manifestantes bloqueiam uma ferrovia que liga o local inca de Machu Picchu à cidade de Ollantaytambo.


O coletivo divulgou uma nota depois do encontro afirmando que a greve vai continuar até que seja cancelado o contrato de terceirização com a empresa Joinnus. Participaram da reunião os ministros Jordi Hereu (Turismo), Leslie Urteaga (Cultura) e Albina Ruiz Ríos (Meio Ambiente), além do governador de Cusco, Werner Salcedo Álvarez. 


Para promover as privatizações no sistema de venda de ingressos, o governo alega que há um rombo de 8 milhões de soles (R$ 10,36 milhões na cotação atual) na venda de ingressos para a entrada no parque em 2023. A plataforma era administrada pela Direção Descentralizada de Cultura de Cusco.


O coletivo afirma que a empresa vai ganhar 13 milhões de soles (R$ 16,87 milhões na cotação atual) por ano com o novo contrato e convocou para esta terça-feira uma reunião com representantes do governo de Cusco. 



Governo peruano


De acordo com o governo peruano, 660 pessoas deixaram o parque por trem no domingo. As autoridades locais ainda não divulgaram quantos turistas ainda estão no sítio arqueológico.


Machu Picchu é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1983 pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Foi construído no século XV pelo império inca, então comandado por Pachacútec (1438-1470).




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