Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2024

MPF quer mais agilidade na ação contra Bolsonaro e Milton Ribeiro

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Quarta, 21 de Agosto de 2024 às 19:50, por: CdB

A principal suspeita é que Bolsonaro teria avisado Ribeiro sobre uma operação de busca e apreensão da PF, com base em uma conversa telefônica entre o ex-ministro e sua filha. Segundo a PF, dois pastores criaram um “gabinete paralelo” no MEC para liberar verbas públicas em troca de propina, com aval de Ribeiro.

Por Redação – de Brasília

Por solicitação do Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) deverá retomar, com urgência, a investigação que envolve o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Bolsonaro é acusado de interferir nas investigações de um suposto escândalo de corrupção no Ministério da Educação (MEC), que resultou na queda de Ribeiro.

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Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro é alvo de inquérito sigiloso no STF

O hoje ex-ministro chegou a ser preso durante as investigações sobre o esquema, que estão paralisadas há mais de dois anos, devido a indícios de interferência por parte de Bolsonaro.

 

Propina

“Considerando que não ocorreram novos andamentos investigativos no presente caso, tendo em vista que os autos ficaram aguardando a decisão do STF quanto à competência para atuar no feito, verifica-se a necessidade de se prosseguir com celeridade à apuração. Assim, o Ministério Público Federal manifesta-se pela remessa imediata dos autos à Polícia Federal para que ela apresente as análises pormenorizadas e conclusões referentes às medidas cautelares acima indicadas, apontando os elementos probatórios que foram obtidos aptos a indicarem a autoria e materialidade delitiva”, diz o pedido do MPF. 

A principal suspeita é que Bolsonaro teria avisado Ribeiro sobre uma operação de busca e apreensão da PF, com base em uma conversa telefônica entre o ex-ministro e sua filha. Segundo a PF, dois pastores criaram um “gabinete paralelo” no MEC para liberar verbas públicas em troca de propina, com aval de Ribeiro.

Inicialmente, o caso tramitava na Justiça Federal, mas foi transferido para a Corte Suprema, em julho de 2022.

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