Rio de Janeiro, 20 de Setembro de 2024

Morre Delfim Netto, apoiador da ditadura e signatário do AI-5

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Segunda, 12 de Agosto de 2024 às 21:04, por: CdB

Delfim Netto foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Costa e Silva, para suspender direitos e garantias individuais.

Por Redação – de São Paulo

Morreu na madrugada desta segunda-feira, na capital paulista, o economista e ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto, aos 96 anos. Desde o último dia 5, Delfim Netto estava internado por complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein.

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Ex-ministro Antônio Delfim Netto apoiou a ditadura militar por mais de 20 anos

Em nota, a assessoria do economista informou que não haverá velório aberto e seu enterro será restrito à família. Delfim Netto deixa filha e neto.

Descendente de imigrante italianos, o economista ultraliberal nasceu em São Paulo, em maio de 1928. Formou-se economista em 1951 pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se catedrático em 1958. Fez carreira acadêmica como professor titular de Análise Macroeconômica e recebeu o título de professor emérito pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Fea-USP).

 

Ditadura

Foi membro do Conselho Consultivo de Planejamento (Consplan) do governo Castelo Branco, em 1965. Tornou-se secretário de Fazenda no governo de São Paulo em 1966.

Foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. O decreto é considerado o mais duro após o golpe militar de 1964, e foi instituído durante o governo Costa e Silva, para suspender direitos e garantias individuais.

Delfim Netto chegou a ministro da Fazenda em 1967, ainda no governo Costa e Silva, e ocupou o cargo até o governo Médici, encerrado em 1974. Nos quatro anos seguintes, foi embaixador do Brasil na França e, em 1979, passou a integrar Conselho Monetário Nacional e comandou o Banco Central, no governo Figueiredo.

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