Moro, traído em sua base aliada, resiste para não perder o mandato

Arquivado em:
Publicado Quinta, 08 de Dezembro de 2022 às 10:35, por: CdB

O pedido de cassação do partido do presidente Bolsonaro, entregue à Justiça Eleitoral na véspera, questiona irregularidades nos gastos de campanha do magistrado, paladino contra a corrupção, que liderou a Operação Lava Jato.

Por Redação - de Curitiba
Ex-juiz suspeito e incompetente, o hoje senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) reagiu, nesta quinta-feira, à ação do PL para cassar o mandato recém-conquistado pelo Paraná. O também ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL) alegou que o deputado federal Paulo Martins (PL), que ficou em segundo lugar na disputa pela vaga ao Senado, tenta se eleger “no tapetão”.
moro-1.jpg
Sérgio Moro chegou a ser cogitado para uma candidatura ao Palácio do Planalto, mas tudo deu errado
O pedido de cassação do partido do presidente Bolsonaro, entregue à Justiça Eleitoral na véspera, questiona irregularidades nos gastos de campanha do magistrado, paladino contra a corrupção, que liderou a Operação Lava Jato. Moro também acusou Martins de alterar sua declaração racial para receber mais verba do fundo partidário.

Segundo lugar

“O mesmo sujeito, Paulo Martins, que mudou de cor nas eleições para se beneficiar do fundo partidário, tem a cara de pau de me acusar falsamente de irregularidade para ganhar o mandato de senador no 'tapetão'. Fez o L junto com Fernando Giacobo”, escreveu Moro, em suas redes sociais. Nesta quarta-feira, quando soube da ação, Moro classificou seu então aliado, o presidente do PL do Paraná, deputado Fernando Giacobo, e o deputado Martins de “maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT e para os corruptos”. O movimento do PL se dá meses depois de Moro ter declarado publicamente apoio à candidatura à reeleição de Bolsonaro. Embora seja liderada pelo diretório no Paraná, a ação tem aval do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, segundo apurou a mídia conservadora. Moro foi eleito com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com Martins, o segundo colocado, que alcançou 29,12% dos votos.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo