Ministério da Saúde quer vacinar 6,6 milhões contra a gripe no Norte

Arquivado em:
Publicado Quarta, 22 de Novembro de 2023 às 12:36, por: CdB

A ação segue até o dia 15 de dezembro, com o Dia D previsto para o próximo sábado. A estimativa da pasta é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Foram enviadas 7 milhões de doses da vacina trivalente, que protege contra as três cepas que mais circulam no Brasil.


Por Redação, com ABr - de Brasília


Com o início do Inverno Amazônico, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe na região, o Ministério da Saúde iniciou nesta quarta-feira uma ação de mobilização para incentivar a vacinação contra a influenza na Região Norte.




vacinagripe.jpg
Inverno Amazônico é o período de maior transmissão viral na região

A ação segue até o dia 15 de dezembro, com o Dia D previsto para o próximo sábado. A estimativa da pasta é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Foram enviadas 7 milhões de doses da vacina trivalente, que protege contra as três cepas que mais circulam no Brasil.


Em nota, o ministério reforçou que a vacina contra a gripe pode ser administrada junto a outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez devem tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias entre cada uma.


Podem se vacinar:


Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;


Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;


Trabalhadores da saúde;


Gestantes;


Puérperas;


Professores dos ensinos básico e superior;


Povos indígenas;


Idosos com 60 anos ou mais;


Pessoas em situação de rua;


Profissionais das forças de segurança e de salvamento;


Profissionais das Forças Armadas;


Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);


Pessoas com deficiência permanente;


Caminhoneiros;


Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);


Trabalhadores portuários;


Funcionários do sistema de privação de liberdade;


População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).



Combate ao Aedes Aegypti


No último dia 19 foi o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, data símbolo para enfrentamento ao mosquito que, desde 2000, é responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos de três doenças muito presentes no Brasil: a dengue, a chikungunya e o zika vírus. Esse poderoso vetor de doenças, o Aedes aegypti, pode ser combatido. Mas, precisa da conscientização e da colaboração de todos.


Segundo o Ministério da Saúde, as ações adotadas em parcerias com secretarias estaduais e municipais de Saúde resultaram na “expressiva queda” de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro.


“Na 15ª semana do ano, de 9 a 15 de abril, foram registrados 114.255 casos suspeitos da doença. Na 35ª semana, de 27 de agosto e 2 de setembro, houve 3.254 casos de dengue”, informou o ministério à Agência Brasil. Acrescentou que é no período de março a junho que se costuma registrar maior incidência de arboviroses no país.


Em 2023, o total de “casos prováveis” da doença registrados até final de agosto estava em pouco mais de 1,5 milhão, número ligeiramente maior do que o anotado durante todo o ano de 2022, quando houve quase 1,4 milhão de registros. Em 2021, foram pouco menos de 532 mil ocorrências.



Ações


O clima quente colabora para a reprodução do mosquito e para um maior número de pessoas contaminadas no país


A fim de evitar uma situação ainda pior, o governo tem adotado iniciativas como a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) que, além de ter implementado 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya, distribuiu até hoje cerca de 345 mil reações de sorologia e viabilizou 131 mil exames.


Ainda segundo o ministério, foram investidos R$ 84 milhões na compra de adulticida e larvicida para as ações de combate ao mosquito no país.


Um processo de estratificação de risco intramunicipal foi iniciado em áreas consideradas prioritárias para a implementação de novas tecnologias, como borrifação residual intradomiciliar, armadilhas disseminadoras de larvicidas e a adoção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos contendo uma bactéria que impede o desenvolvimento das doenças nos próprios insetos.


Outras medidas destacadas pelo governo foram o lançamento do painel público de dados de arboviroses; a antecipação da campanha nacional de mobilização da população; a capacitação de mais de 9,5 mil profissionais de saúde via Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Una-SUS) e de 2.196 profissionais de saúde para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses com treinamento presencial.


O Ministério da Saúde argumenta que essas medidas podem ser insuficientes sem que haja estímulo à participação comunitária para eliminação de focos dos mosquitos. “Atualmente, o combate ao vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle das arboviroses”, informou.



Sintomas


Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes: febre de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.


A orientação é a de, apresentando esses sintomas, procurar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência assim que surgirem os primeiros sintomas.


Algumas medidas preventivas ajudam no combate à doença: evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do mosquito.


Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos.


Veja aqui algumas orientações do Ministério da Saúde.



Como eliminar principais tipos de criadouro do mosquito


Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados;


Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas;


Guardar pneus em locais cobertos;


Guardar garrafas com a boca virada para baixo;


Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água;


Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;


Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha;


Jogar as larvas na terra ou no chão seco;


Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida;


Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;


Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;


Guardar baldes com a boca virada para baixo;


Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;


Manter limpas as piscinas;


Guardar ou jogar no lixo os objetos que podem acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos;


Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. É importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.



Como efetuar a limpeza


Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.




Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo