Militares preparam ‘tutela’ ao presidente Bolsonaro, segundo Relatório Reservado

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Publicado Terça, 29 de Janeiro de 2019 às 12:48, por: CdB

A publicação, fundada ainda na década de 60, no século passado, pelo jornalista Luiz Alberto Bittencourt, leva informações exclusiva aos assinantes. Na manchete de sua edição anterior, leva o título “Tutela militar é a melhor opção para Bolsonaro”.

 
Por Redação - do Rio de Janeiro
Antes mesmo de completar um mês à frente do Palácio do Planalto, o ex-militar Jair Bolsonaro (PSL) enfrenta dificuldades para instalar seu governo. Diante das seguidas crises que se abatem sobre o integrante da ultradireita e seus familiares, passa a pesar o risco de que seja “tutelado” por militares, conforme sugere artigo divulgado nesta terça-feira, após publicação no boletim diário de notícias Relatório Reservado (RR).
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Jair Bolsonaro e filhos multiplicam patrimônio na política e chegaram à Presidência da República, no Brasil
A publicação, fundada ainda na década de 60, no século passado, pelo jornalista Luiz Alberto Bittencourt, leva informações exclusiva aos assinantes. Na manchete de sua edição anterior, sob o título Tutela militar é a melhor opção para Bolsonaro, os editores adiantam que estão “em andamento as negociações para uma tutela do presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo seu vice-presidente Hamilton Mourão, e demais ministros militares prestigiados no Palácio do Planalto”. “Trata-se de uma ação realizada em sintonia com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e os comandos das Forças Armadas. O termo negociação é pro forma”, afirma o RR.

Gnomo de Richmond

Ainda segundo a publicação “o projeto é impor limites e restrições ao comportamento e liberdade decisória de Bolsonaro, incluindo a vigilância e redução das iniciativas dos seus três filhos – Nas redes sociais e fora delas. No entorno do presidente ele é comparado a João Baptista Figueiredo, que surpreendeu inclusive aos seus camaradas pelas atitudes estapafúrdias após ser eleito. Justificou-se o comportamento de Figueiredo pela operação cardíaca que sofreu. Bolsonaro levou uma facada, mas não teria sido ela o componente emocional responsável pelo seu desarvoramento”. “Bolsonaro simplesmente não está à altura do cargo e muito menos do time que montou. Não entende grande parte do que se discute no governo e não se empenha para isso. Ele se dirige somente a um contingente dos seus eleitores. Desrespeita os protocolos. E parece manietado pelo gnomo de Richmond, Olavo de Carvalho, em uma simbiose familiar que já incomoda os militares. Entre os generais, empresário e boa parte dos formadores de opinião melhor seria se fosse possível fazer algum acordo cordial para que Bolsonaro deixasse o cargo e Mourão o assumisse, imediatamente. “Depois que deixou de lado a linguagem do quartel, tornando-se mais comedido, o vice-presidente tem mostrado preparo muito superior e a autoridade necessária para o exercício da função. O que se diz quase nas fuças do presidente é que ele governa para um gueto, e Mourão governaria para os brasileiros.

Bolsonarogate

“O escorpião que passeia em meio às conspirações destila a certeza que o filho Flávio Bolsonaro não tem como explicar seus atos inconfessáveis. E não é possível esterilizar as estranhas armações do jovem senador, de forma que eles não respinguem no presidente e nos demais membros do clã. “É o bolsonarogate ou a 'temerização' já, no curto governo do capitão. Mourão está pronto para assumir. Basta que as condições sejam dadas. “Por enquanto, a tutela é um primeiro estágio”, conclui.
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