Pomar foi coordenador-geral campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República em 1989. Nascido em Belém (PA), em 1936, ele era filho de Catarina Torres e Pedro Pomar, militante comunista que foi perseguido pela ditadura de Getúlio Vargas.
Por Redação - de São Paulo
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realizou, nesta sexta-feira, ato público em homenagem à memória do jornalista e ativista político Wladimir Pomar. O ato aconteceu no dia em que ele completaria 87 anos de idade. Pomar morreu no último dia 9 de junho. O encontro reuniu familiares, jornalistas e ativistas pelos Direitos Humanos para celebrar a vida e a trajetória de Pomar, que teve participação fundamental na reconstrução da democracia do país. A atividade foi organizada pela Fundação Perseu Abramo, da qual ele foi colaborador.
Pomar foi coordenador-geral campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República em 1989. Nascido em Belém (PA), em 1936, ele era filho de Catarina Torres e Pedro Pomar, militante comunista que foi perseguido pela ditadura de Getúlio Vargas.
Anistia
Já aos 13 anos, em 1949, Wladimir Pomar se tornou militante do Partido Comunista. Sua trajetória política desde a juventude incluiu atuações no movimento estudantil e no movimento sindical metalúrgico. Ele também atuou no grupo que reestruturou o Partido Comunista do Brasil, nos anos 1960.
Preso por resistir ao golpe militar em 1964, viveu na clandestinidade. Voltou a ser preso em 1976, durante o chamado Massacre da Lapa, quando morreram Ângelo Arroyo, João Batista Franco Drummond e o pai dele, Pedro Pomar. Deixou a prisão em 1979, pouco antes da anistia.
Ingressou no PT e participou da executiva nacional. Sua morte, em junho deste ano, foi decorrente de complicações por displasia. Wladimir Pomar deixou três filhos, 11 netos e netas, 7 netos e bisnetas e a mulher, Rachel.