O ministro tem demonstrado ser mais bajulador do que se esperava, cumprindo fielmente o roteiro determinado pelo seu “empregador”, o Mandrião, na condução errática do combate à covid-19. O ministro chegou a abrir uma “consulta pública” sobre a necessidade de vacinação das crianças.
Por Wellington Duarte– de Brasília
O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, é médico. Aliás ainda é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, conduz o ministério desde março de 2021 e tem sido uma das figuras que reforçam a caraterização desse governo como anti-civilizatório. Aliás, o ministro tem demonstrado ser mais bajulador do que se esperava, cumprindo fielmente o roteiro determinado pelo seu “empregador”, o Mandrião, na condução errática do combate à covid-19.Fixação de Bolsonaro
Parece uma fixação de Bolsonaro, a adoração à morte, mesmo que, ao primeiro sinal de adoecimento, o “duce” se mostre frágil e medroso. O desejo da morte, para os outros, é uma característica desse presidente, e por tabela do seu governo, e a ação para que o Ceifador tenha uma farta colheita se dá desde o primeiro momento em que se registrou o primeiro caso de Covid-19, no começo de março de 2020. A mente delirante do “capitão cloroquina” se apega a um conceito deturpado de “liberdade”, aplicado sem nenhuma relativização, por seus seguidores, colocando a sua liberdade sobre a liberdade dos outros, na medida em que o “direito” de fazer o que quiser e bem entender, sem as regulações sociais, vindas do Estado, tornou-se um discurso que milhões de braZileiros abraçaram. E o ministro da Saúde, Queiroga, segue à risca o presidente, mesmo que faça discursos insossos que ninguém em sã consciência leva a sério. É de se esperar que a Ciência, eterna vítima da ignorância, vença o embate contra os negacionistas, terrraplanistas e fascistas, mas o custo humano é devastador, com mais de 619 mortes, 412 mil só em 2021, uma média de 1.128 mortes por dia, sem falar das sequelas produzidas pela pandemia, cujo custo econômico e social ainda deverá ser medido. Parece que o Queiroga se agarrará ao governo fascista como um carrapato até o seu final e passará para a história como um dos ministros da Saúde que se dobrou à ignorância e serviu a um governo genocida.Wellington Duarte, é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Gande do Norte - UFRN, doutor em Ciência Política e presidente do Sindicato dos Professores da UFRN (ADURN-sindicato).
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