Mais de 90% dos fuzis apreendidos no Rio em 2023 eram importados

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Publicado Terça, 23 de Abril de 2024 às 11:44, por: CdB

O maior número de apreensões ocorreu em áreas do Estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais. As duas constatações fazem parte de um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI)da Secretaria de Estado de Polícia Militar.


Por Redação, com CartaCapital - do Rio de Janeiro


Mais de 90% dos fuzis apreendidos no ano passado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro foram fabricados em outros países.




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Armamento apreendido no Rio de Janeiro

O maior número de apreensões ocorreu em áreas do Estado onde há disputas de território entre facções criminosas rivais. As duas constatações fazem parte de um estudo da Subsecretaria de Inteligência (SSI)da Secretaria de Estado de Polícia Militar, que analisou a apreensão de 492 fuzis em 2023.


Um aspecto abordado no estudo da SSI diz respeito à marca dos fuzis apreendidos. Dos 492, 199 são da marca norte-americana Colt. Foram registrados no estudo 194 fuzis sem marca, ou seja, armas que entram no país ou no Estado separadas por peças e montadas por armeiros envolvidos com as organizações criminosas. As demais armas apreendidas são de 43 marcas diversas, praticamente todas de países do Hemisfério Norte.



As apreensões


O estudo da SSI mostra que as apreensões se concentraram com maior intensidade nas áreas integradas de segurança pública (AISPs) da zona oeste da capital e da Baixada Fluminense. Das dez AISPs com maior número de apreensões, oito estão situadas nessas regiões do estado. As únicas exceções são a AISP 3 (região do Méier e adjacências) e a AISP 16 (Olaria e adjacências). Das 492 apreensões de fuzis no ano passado, 377 foram registradas nessas dez regiões.


Ainda sob o aspecto geográfico, o estudo destaca a expansão do crime organizado para o interior do estado. Na região do 5º Comando de Policiamento (5º CPA), Sul Fluminense e Costa Verde, foram apreendidos 13 fuzis no ano passado. Já na região do 6º CPA, Norte e Noroeste do estado, ocorreram sete apreensões.


“Compartilhado com a Polícia Federal, o estudo indica que o tráfico internacional de armas representa um dos maiores desafios para a área de segurança pública do Rio de Janeiro, cuja solução depende de uma ação articulada entre as polícias do estado e as forças federais”, diz nota da Polícia Militar.



Crimes de estelionato


Policiais civis da 65ª DP (Magé) prenderam em flagrante dois suspeitos pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Eles foram abordados pelos agentes, na segunda-feira, no momento em que estavam com um idoso, no banco, tentando realizar uma transferência financeira de alto valor. A ação é fruto de um trabalho de investigação da distrital contra quadrilhas de estelionatários.


De acordo com as investigações, os acusados se passaram por funcionários de um banco digital e ofereceram um cartão de crédito com limite de R$ 5 mil. Eles foram até a residência da vítima, realizaram um empréstimo no valor de R$ 27 mil, além de uma transferência de R$ 10 mil. Não conseguindo transferir a totalidade, levaram o idoso para uma agência bancária.


Com a aproximação dos agentes, os criminosos tentaram fugir, mas foram capturados. As investigações continuam para identificar todos os membros da associação criminosa.



Violência doméstica


Policiais civis da 126ª DP (Cabo Frio) prenderam, na segunda-feira, um homem acusado de estupro de vulnerável e de expor vídeo contendo imagens de sexo explícito com adolescente. Ele foi capturado em Unamar, em Cabo Frio, Região dos Lagos.


A prisão foi possível após trabalho de inteligência, que obteve a informação de que o criminoso estava morando em Unamar, e usando nome falso. Com base nesses dados, os policiais o identificaram e localizaram. O homem foi capturado no interior de uma oficina mecânica.


De acordo com os agentes, o crime ocorreu no estado do Espirito Santo e, depois disso, ele fugiu para o Sul do país e, posteriormente, para Cabo Frio, ao saber do mandado.



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