Lula ‘não tem pressa’ para escolha de ministros, adianta Alckmin

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Publicado Quinta, 01 de Dezembro de 2022 às 11:49, por: CdB

Em linha com o discurso de Alckmin, o também ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles elogiou nesta manhã, em entrevista ao canal norte-americano de TV CNN Brasil, a decisão do governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de dividir o hoje super Ministério da Economia em três pastas.

Por Redação - de Brasília
Tanto o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), quanto o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles concordam que não há motivo para ansiedade, por parte do empresariado, quanto à escolha dos próximos ministros na área econômica. Alckmin, na noite passada, afirmou que o anúncio de quem será o ministro da Fazenda do novo governo Lula (PT) deverá 'demorar um pouquinho mais'.
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Alckmin afirma que há tempo suficiente para a escolha do próximo ministro da Fazenda
Lula “não tem pressa”, acrescentou Alckmin. O presidente eleito tem ouvido os partidos políticos antes de anunciar sua decisão. — Eu acho que ainda demora um pouquinho mais. O presidente não está com pressa para definir ministério, agora é hora de ouvir bastante — disse.

Três pastas

Em linha com o discurso de Alckmin, o também ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles elogiou nesta manhã, em entrevista ao canal norte-americano de TV CNN Brasil, a decisão do governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de dividir o hoje super Ministério da Economia em três pastas: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. — Acho positiva a reabertura dos três ministérios, porque são ministérios com finalidades diferentes. O Ministério da Fazenda foca na tributação, no giro da dívida pública, é olhando para fora do governo, para a economia, para o país. O Ministério do Planejamento administra a máquina pública — afirmou. Ainda de acordo com Meirelles, “o Ministério da Indústria e Comércio é o canal de comunicação do setor privado com o setor público”. — Então são funções diferentes e, colocando tudo junto, fica uma coisa quase que não funcional. E não há grande ganho econômico, de despesa, juntando tudo isso, porque a máquina está toda lá, dos três ministérios. Então acho uma medida correta a reabertura dos três ministérios e o foco de cada um no seu lugar e na sua função específica — acrescentou.

Problema

Perguntado sobre o fato de Lula ainda não ter anunciado quem será seu ministro da Fazenda, Meirelles concorda que "não há problema" na suposta demora, e que a manutenção dos nomes em sigilo é "questão de estilo". Ele pontuou, no entanto, que "quanto antes, melhor”. — É difícil definir qual é o 'timing' adequado. O presidente Lula, em 2002, quando assumiu pela primeira vez, de fato divulgou os nomes em dezembro. Eu mesmo só fui escolhido presidente do Banco Central, só me convidou no início de dezembro. Então é uma questão de estilo. Do ponto de vista absolutamente formal, não há grande problema. Ele tem que estar com o ministério pronto em 1º de janeiro, quando tomar posse — lembrou. Segundo Meirelles, “evidentemente que é sempre bom sair um período antes, pelo menos que os escolhidos saibam para que ministério irão, para começarem a se preparar, pensar na formação de equipe”. — O que nós sabemos é se os nomes escolhidos já estão informados disso, e, portanto, já estão pensando no que fazer ou não. Se a não divulgação significa também a não divulgação para os próprios escolhidos. Existe até a possibilidade de ele próprio [Lula] não estar totalmente definido ainda em relação aos nomes. De qualquer maneira, acredito que é ainda um período adequado para que ele possa assumir esses compromissos e convidar as pessoas. Agora, quanto mais cedo, melhor. Não tenho dúvida — concluiu.
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