Lula e Macron reforçam laços militares entre Brasil e França

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Publicado Quarta, 27 de Março de 2024 às 19:27, por: CdB

Em seu discurso, Lula lembrou a longa e amigável relação entre Brasil e França, e enfatizou o apoio francês na busca pela autonomia estratégica e pela promoção da paz na América do Sul.


Por Redação - do Rio de Janeiro

Na etapa desta quarta-feira da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu convidado participaram, na base de Itaguaí (RJ) do batismo e lançamento ao mar do Submarino Tonelero, resultado da parceria entre Brasil e França no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), firmado em 2008.

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Lula e Macron reforçaram os laços de amizade entre Brasil e França


Em seu discurso, Lula lembrou a longa e amigável relação entre Brasil e França, e enfatizou o apoio francês na busca pela autonomia estratégica e pela promoção da paz na América do Sul.

— Muitos navios brasileiros contaram com a ajuda da França — pontuou Lula.

 

Autonomia


Lula, ainda em seu discurso, ressaltou a importância estratégica do espaço marítimo brasileiro, ao sublinhar que "95% do nosso comércio exterior transita pelo Atlântico Sul, onde há amplos recursos naturais e biodiversidade ainda não explorada". O presidente afirmou também que deseja para o subcontinente uma "zona de paz e cooperação", ao sublinhar a determinação brasileira na conquista de maior autonomia estratégica diante dos desafios globais.

O presidente brasileiro também anunciou iniciativas de cooperação bilateral, como a criação de um comitê de armamentos e a ampliação da colaboração nas áreas aeroespacial e computacional.

— Não queremos guerra, precisamos de defesa para ter paz. O Brasil está determinado a conquistar maior autonomia estrategica, diante dos enormes desafios enfrentados pelo mundo. Não queremos guerra, precisamos de defesa para ter paz. A América Latina e do Sul é uma zona de paz — afirmou.

 

Diversidade


O presidente brasileiro também aproveitou a ocasião para criticar a guerra, onde quer que ela ecloda, no mundo. Lula ressaltou a importância da parceria com a França para preparar os países para conviverem com a diversidade "sem recorrer à guerra".

— Hoje temos um problema muito sério de animosidade contra o processo democrático. A parceria com a França vai permitir que os países se preparem a conviver com essa diversidade, sem se preocupar com qualquer tipo de guerra — acrescentou.

Sem citar em algum momento o conflito entre Rússia e Ucrânia, Lula reiterou o compromisso brasileiro com o conhecimento da tecnologia nuclear para fins pacíficos, garantindo que o Brasil estará ao lado de todos os países que buscam a paz.

— A guerra não constrói, só destrói — concluiu.

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