Lula alerta aos europeus para não ameaçar o grupo latino-americano

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Publicado Sexta, 23 de Junho de 2023 às 16:40, por: CdB

Em seguida, Lula disse também não ser possível “que tenhamos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico”.


Por Redação, com ABr - de Paris

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considerou “uma ameaça” as exigências feitas pela União Europeia (UE) para a finalização de um acordo com o Mercosul. Ao discursar na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, na capital francesa, Lula cobrou que os acordos comerciais passem a ser mais justos.

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Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e do Brasil, Lula, na entrada do Palácio do Eliseu


— Estou doido para fazer um acordo com a União Europeia, mas não é possível. A carta adicional que foi feita pela UE não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta e vamos mandar a resposta. Mas é preciso que a gente comece a discutir — afirmou.

Em seguida, Lula disse também não ser possível “que tenhamos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo ameaça a um parceiro estratégico”.

— Como é que a gente vai resolver isso? — questionou Lula, sentado ao lado do anfitrião do evento, o presidente francês Emmanuel Macron.

‘Obrigado e boa sorte’


Em seu discurso, Lula se referiu à construção da UE como patrimônio democrático da humanidade.

— Depois de duas guerras mundiais, vocês conseguirem construir a União Europeia, conseguirem fazer um Parlamento, conseguirem viver com divergência, mas discutindo as coisas democraticamente. É uma coisa que eu quero para a América do Sul. Queremos criar novos blocos para negociar com a UE. E aí, me desculpem Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), precisamos rever o funcionamento. É preciso ter mais dinheiro, é preciso ter novas direções, mais gente participando da direção. Não podem ser os mesmos — acrescentou.

Lula despediu-se, naquele momento, do “querido companheiro Macron”.

— Obrigado por essa reunião. E se prepare porque estou com mais vontade de brigar nesses próximos três anos em que vou presidir o Brasil. Obrigado e boa sorte — finalizou.

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