Luís Miranda e seu irmão propõem ao STF denúncia contra o ministro Ônix Lorenzoni

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Publicado Terça, 13 de Julho de 2021 às 12:23, por: CdB

Ambos denunciaram irregularidades na aquisição de vacinas indianas, depois que Lorenzoni avisar que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) seriam acionadas para a apurar a conduta dos denunciantes, após depoimentos à CPI da Covid.

Por Redação - de Brasília
O deputado Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o ex-diretor da área de importações do Ministério da Saúde (MS) Luis Ricardo Miranda, apresentaram duas representações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência a República, Onyx Lorenzoni. A ação o acusa por ameaça, calúnia, denunciação caluniosa, comunicação falsa de crime, e coação ilegal na CPI da Covid.
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Lorenzoni saiu em defesa de Bolsonaro, mas se tornou alvo de uma ação junto ao Supremo
Ambos denunciaram irregularidades na aquisição de vacinas indianas, depois que Lorenzoni avisar que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) seriam acionadas para a apurar a conduta dos denunciantes. O processo proposto pelo deputado e seu irmão apontam que o pronunciamento do ministro, após as denúncias de irregularidade no Ministério da Saúde, continha "conteúdo de cunho intimidatório, ameaçador, injurioso, caluniador, possivelmente com intuito de obstruir os trabalhos desenvolvidos pela 'CPI da Covid-19 do Senado Federal'. À exceção do crime de calúnia, as demais acusações dependem de aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) para prosseguimento no STF.

Documentos

O deputado e seu irmão afirmam ainda, em juízo, que se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro em 20 de março, ocasião em que afirmaram ter relatado pressão na pasta para a liberação da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e representada no Brasil pela empresa Precisa. Os proponentes da acusação disseram também que apresentaram a Bolsonaro uma cópia da primeira versão do documento de importação, que continha erros, como a previsão de pagamento antecipado. Após o caso vir à tona, Onyx e o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco falaram à imprensa e colocaram em dúvida a autenticidade desse documento, dizendo que apenas duas versões posteriores eram legítimas. A  própria Precisa, porém, reconhece ter feito três versões. Até o fechamento desta matéria, o ministro Onyx não havia se pronunciado sobre os fatos.
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