Publicado Quarta, 02 de Fevereiro de 2022 às 09:37, por: CdB
A decisão do TJ-RJ manteve a medida cautelar de suspensão do exercício da função pública. No pedido, a defesa de Cristiane negou que ela tenha sido chefe de uma organização criminosa que teria desviado milhões dos cofres públicos.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a ex-deputada Cristiane Brasil (PTB) impedida de exercer função pública. A decisão da juíza Simone de Faria Ferraz, da 26ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, foi publicada na última segunda-feira. Em 2020, Cristiane foi alvo da Operação Catarata por contratos fraudulentos com a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Em operação de 2020, MP-RJ pediu a prisão da filha de Roberto Jefferson
Na época, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) pediu a prisão da filha de Roberto Jefferson, presidente honorário do PTB. A operação investigou contratos que somam R$ 117 milhões e que tinham pelo menos 25% destinado a pagamentos indevidos na Servlog, empresa de prestação de serviços em projetos sociais. Cristiane foi apontada como "Fada Madrinha" do esquema.
Função pública
A decisão do TJ-RJ manteve a medida cautelar de suspensão do exercício da função pública. No pedido, a defesa de Cristiane negou que ela tenha sido chefe de uma organização criminosa que teria desviado milhões dos cofres públicos.
A defesa pediu, ainda, caso não fosse revogada a medida cautelar, que alternativamente lhe fosse autorizado o exercício de cargos públicos com o impedimento de ordenar despesas ou mesmo que lhe fosse vedado tal exercício nos limites do município e/ou do estado do Rio de Janeiro, onde, de acordo com a denúncia, ela teria influência.
A juíza, porém, negou todos os pedidos. “Destaco que os fatos em exame são gravíssimos e trazem em si a pecha de dano, lesão à toda a sociedade. Diante de tal quadra indefiro o requerido”, escreveu a magistrada na decisão.