Justiça quer câmeras com sensor térmico em prisões federais

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Publicado Sexta, 05 de Abril de 2024 às 12:53, por: CdB

Os equipamentos atuais usados nas penitenciárias federais contêm sensor de movimento. Conforme Garcia, o governo federal prepara uma licitação para comprar câmeras com sensor sísmico e térmico. Elas conseguem, por exemplo, detectar escavações na parede e movimentações no escuro.


Por Redação, com Poder360 - de Brasília


O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André de Albuquerque Garcia, disse que o governo pretende equipar as penitenciárias federais com um novo sistema de monitoramento por vídeo para evitar fugas. Depois de 50 dias de buscas, a PF (Polícia Federal) capturou na quinta-feira os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em 14 de fevereiro.




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Secretário nacional de Políticas Penais diz que o Planalto prepara licitação para adquirir os equipamentos

– O mais importante é a contratação de um novo sistema de monitoramento, com câmeras novas com perfil mais adequado para unidades modernas. Essa é uma solução que vai trazer de volta o sistema penitenciário federal à qualidade que sempre teve – declarou o secretário em entrevista ao diário carioca conservador carioca O Globo publicada nesta nesta sexta-feira.


Os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento conseguiram escapar do presídio de segurança máxima e seguiram foragidos por 50 dias. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal.


Os equipamentos atuais usados nas penitenciárias federais contêm sensor de movimento. Conforme Garcia, o governo federal prepara uma licitação para comprar câmeras com sensor sísmico e térmico. Elas conseguem, por exemplo, detectar escavações na parede e movimentações no escuro.


Imagem divulgada pela PF em 16 de fevereiro mostra um buraco localizado perto da luminária de uma das celas onde ficavam os dois presos. Os detentos teriam arrancado toda a estrutura para fugir.



Penitenciária Federal de Mossoró


A Penitenciária Federal de Mossoró tem mais de 120 câmeras inoperantes que, segundo Garcia, serão trocadas até o fim deste mês. A fuga dos dois detentos foi capturada por apenas uma câmera, com imagens de má qualidade que não serviram de alerta para os policiais penais. A ausência dos presos foi percebida em uma conferência feita pelos vigilantes na manhã do dia 14 de fevereiro.


Para Garcia, a ausência de câmeras não foi o mais grave na fuga, mas o fato de que os agentes penais ficaram cerca de 30 dias sem realizar revistas diárias nas celas.


– Quando você não observa o protocolo abre possibilidade para isso acontecer – disse. “Quando tem revista diária não tem espaço para ninguém cavar parede e retirar vergalhão. É impossível (uma fuga) desde que sejam cumpridos todos os protocolos“, acrescentou.


– O que eu posso dizer é que o sistema penitenciário hoje não é igual ao do dia da fuga. Passou por revisão de protocolos. O evento em si foi ruim porque maculou a imagem do sistema penitenciário federal e nos surpreendeu. Mas foi um fato isolado em Mossoró. Quem trabalha com o sistema penitenciário não pode relaxar nem descumprir os procedimentos de segurança – completou.




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