Justiça aperta o cerco ao senador Flávio Bolsonaro sobre sua fortuna

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Publicado Quarta, 01 de Junho de 2022 às 13:51, por: CdB

Os investigadores, no entanto, não encontraram registros de processos nos quais ’01' atue como advogado, seja no Distrito Federal ou no Rio de Janeiro, as duas unidades federativas onde o senador tem inscrição válida na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Tampouco há processos em tramitação nas instâncias superiores com o parlamentar listado como advogado.

Por Redação - de Brasília
Filho ’01' do presidente Jair Bolsonaro (PL), como é conhecido, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em juízo, nesta quarta-feira, que usou dinheiro obtido por meio da renda de seu trabalho como advogado e da venda de imóvel para viabilizar parte do financiamento da mansão de R$ 6 milhões comprada em uma área nobre de Brasília.
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O Ministério Público Estadual do Rio acusou o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e sua mulher, a dentista Fernanda Bolsonaro
Os investigadores, no entanto, não encontraram registros de processos nos quais ’01' atue como advogado, seja no Distrito Federal ou no Rio de Janeiro, as duas unidades federativas onde o senador tem inscrição válida na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Tampouco há processos em tramitação nas instâncias superiores com o parlamentar listado como advogado. Quando a compra da mansão foi revelada, no início do ano passado, o parlamentar alegou que o dinheiro ganho como empresário permitiu concretizar o negócio, sem qualquer menção a recursos obtidos como advogado.

Obstáculo

A afirmação do filho do presidente sobre a atuação como advogado está na defesa protocolada por ele como resposta a uma ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) movida pela deputada federal Erika Kokay (PT). A parlamentar questiona a capacidade do senador de obter um financiamento no Banco de Brasília (BRB) de R$ 3,1 milhões, montante que ele necessitava para completar a compra do imóvel. O valor total da casa é de R$ 5,97 milhões. Para rebater a argumentação da deputada, a defesa de Flávio apontou no processo que "a renda familiar dos réus (Flávio e a mulher, Fernanda Bolsonaro) não está adstrita somente à remuneração percebida pelo réu no exercício da atividade parlamentar, visto que o mesmo atua como advogado, além de empresário e empreendedor”.
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