Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Juros mais altos do mundo empurram a economia brasileira para deflação

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Terça, 25 de Julho de 2023 às 14:51, por: CdB

Além da energia elétrica residencial, a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram.


Por Redação - do Rio de Janeiro

Sob a alta pressão dos juros, no país, os maiores do mundo, a prévia da inflação teve deflação de 0,07% em julho, após nove meses de alta. Houve queda de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,04%). O principal impacto para esse resultado veio da retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho. Os dados constam do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A deflação ocorre após um arrocho fiscal recorde, que elevou a taxa de juros


No ano, há alta acumulada de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.

Além da energia elétrica residencial, a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram.

Alta intensa


“Entre os grupos analisados pela pesquisa, a outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Na outra ponta, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês”, diz o relatório do Instituto.

Com a alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%). Já a refeição (0,17%) desacelerou na mesma comparação (0,28%).

Entre as altas, o destaque foi o grupo de Transportes (0,63%). O avanço é explicado pelo aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve o maior impacto positivo (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.

Habitação


Ainda segundo o IBGE, a deflação de 0,07% do IPCA-15 em julho foi puxada pela queda dos preços da energia elétrica residencial. A conta de luz teve baixa de 3,45% após a incorporação do chamado Bônus de Itaipu nas faturas. É um crédito em razão do saldo positivo na comercialização de energia da usina binacional em 2022.

Com o impacto da conta de luz, o grupo habitação recuou 0,94% em julho. Assim, contribuiu com -0,14 ponto percentual para a baixa do IPCA-15. Ainda nesse segmento, houve queda nos preços do botijão de gás (-2,10%).

O IBGE também destacou que o grupo alimentação e bebidas teve deflação de 0,40% em julho. Foi a segunda principal contribuição (-0,09 ponto percentual) para a queda do IPCA-15, atrás apenas de Habitação.

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