José Dirceu prega mobilização popular contra tentativa de golpe

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Publicado Sábado, 16 de Julho de 2022 às 13:11, por: CdB

"Envergonha o país que os autores desse descalabro sejam os militares, herdeiros do tenentismo e da Revolução de 1930 que instituiu o voto secreto e a Justiça Eleitoral. A urna eletrônica representou um avanço extraordinário na informatização do processo eleitoral”, escreve José Dirceu.

Por Redação, com RBA - de São Paulo
Ex-ministro e um dos principais quadros do Partido dos Trabalhadores (PT), o advogado José Dirceu alertou para a necessidade de mobilização popular como forma de conter os arroubos golpistas de Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores. Em artigo ao site de centro-direita Poder 360, ele destaca que "a história do nosso próprio país nos ensina que nenhuma manobra ou ameaça à democracia impede a sua volta, pode apenas retardá-la”.
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O ex-ministro José Dirceu acredita que a classe média se revoltará contra Bolsonaro
Mas adverte: "temos que ocupar as ruas e praças para garantir eleições livres e democráticas e nosso direito sagrado de votar e eleger nossos representantes no Congresso e nosso presidente". Dirceu cita a aliança de Bolsonaro com as Forças Armadas contra as urnas eletrônicas, lamentando o papel desempenhado pelos militares. "Envergonha o país que os autores desse descalabro sejam os militares, herdeiros do tenentismo e da Revolução de 1930 que instituiu o voto secreto e a Justiça Eleitoral. A urna eletrônica representou um avanço extraordinário na informatização do processo eleitoral e colocou fim à fraude generalizada na contagem manual dos votos e na contagem e registro manual nos mapas eleitorais, apesar de o voto ser secreto”, escreveu o líder petista.

Arco democrático

Sobre o assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu, Dirceu lembra: "Não é de hoje que se utiliza do medo como meio de amedrontar o eleitor, impedi-lo de votar, ou mesmo como coação para que o eleitor vote contra sua livre e soberana vontade. É exatamente esta a tentativa do bolsonarismo, num movimento coordenado com o ataque às urnas eletrônicas e a tentativa de envolver as Forças Armadas nas eleições, o que viola abertamente a Constituição Federal". Para o ex-ministro, "a medida do compromisso com a democracia hoje no Brasil é a condenação sem medo e a mobilização de todas as forças políticas do arco democrático para repudiar a escalada criminosa estimulada pelo bolsonarismo".
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