Joe Biden diz que abordagem de Netanyahu à guerra é um ‘erro’

Arquivado em:
Publicado Quarta, 10 de Abril de 2024 às 11:01, por: CdB

A Casa Branca disse na semana passada que o presidente, em um telefonema com Netanyahu, ameaçou condicionar o apoio dos EUA à adoção de medidas concretas para proteger os trabalhadores humanitários e os civis.


Por Redação, com Reuters - de Washington


A abordagem do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à guerra em Gaza é um "erro", afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em uma entrevista divulgada na terça-feira, oferecendo mais críticas à forma como o aliado próximo está lidando com o conflito.




biden.jpg
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

– Acho que o que ele está fazendo é um erro. Não concordo com essa abordagem – disse Biden em comentários à Univision, uma emissora de língua espanhola nos EUA.


Biden já vinha chamando o bombardeio de Israel em Gaza de "indiscriminado" e as ações militares israelenses de "exageradas".


A Casa Branca disse na semana passada que o presidente, em um telefonema com Netanyahu, ameaçou condicionar o apoio dos EUA à adoção de medidas concretas para proteger os trabalhadores humanitários e os civis. A conversa ocorreu após um ataque aéreo israelense que matou sete funcionários da organização humanitária World Central Kitchen.


– O que estou pedindo é que os israelenses simplesmente peçam um cessar-fogo e permitam, nas próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entram no país – disse Biden na entrevista.


O ataque militar de Israel a Gaza tem sido alvo de crescentes críticas internacionais. Nos EUA, Biden tem enfrentado meses de protestos de ativistas, muçulmanos e árabes-americanos, que têm exigido um cessar-fogo permanente em Gaza e restrições à assistência militar dos EUA a Israel.



Conflito


O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro matou 1,2 mil pessoas, de acordo com os registros israelenses. A retaliação subsequente de Israel já matou mais de 33 mil pessoas, de acordo com autoridades de saúde em Gaza, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas e levou a alegações de genocídio que Israel nega. O enclave também sofre com a fome generalizada.


Israel tem recebido mais ajuda externa dos EUA do que qualquer outro país desde a Segunda Guerra Mundial, embora a assistência anual tenha diminuído nos últimos dois anos, devido ao financiamento a equipamentos militares enviados à Ucrânia desde a invasão russa em 2022.


Os EUA tradicionalmente protegem Israel no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e já vetaram três propostas de resolução sobre a guerra em Gaza. O país se absteve na mais recente votação no mês passado, permitindo que o conselho exigisse um cessar-fogo imediato.




Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo