Bolsonaro mostrou-se irritado com o tom das críticas a Araújo, que se elevou no Senado, ao longo desta semana. Ainda mais, depois das declarações do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que falou em "remédios amargos" e "fatais" que o Parlamento aplicará, se necessário.
Por Redação - de Brasília
Aborrecido com as pesadas críticas do grupo parlamentar conhecido como ‘Centrão’, aliado até agora do governo, à atuação do chanceler Ernesto Araújo, o presidente Jair Bolsonaro resolveu manter o ministro no cargo. A inabilidade do chefe do Itamaraty, no entanto, tem causado profunda irritação não apenas entre os parlamentares, mas junto ao empresariado.
Bolsonaro mostrou-se irritado com o tom das críticas a Araújo, que se elevou no Senado, ao longo desta semana. Ainda mais, depois das declarações do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que falou em "remédios amargos" e "fatais" que o Parlamento aplicará caso não exista, de parte do Executivo, a "flexibilidade de ceder”.
Recado dado
Nos bastidores, o presidente já procura um substituto para o Ministério das Relações Exteriores, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, e alguns nomes já foram levados ao mandatário. A sobrevida de Araújo, garantida no voluntarismo de Bolsonaro, no entanto, concede ao governo um tempo extra.
Tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), porém, concordam que não seria produtivo aumentar a temperatura do debate quanto à permanência de Araújo. Eles teriam concordado que o recado está transmitido e não há necessidade de repisá-lo junto ao presidente.