Grandes investidores preveem que ‘estagflação’ é ameaça real

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Publicado Segunda, 21 de Novembro de 2022 às 11:42, por: CdB

Com uma parte da curva de juros do Tesouro norte-americano enviando novos sinais de recessão, a ‘estagflação’ é o ponto de vista consensual entre impressionantes 92% dos entrevistados na mais recente pesquisa com gestores de fundos realizada periodicamente pelo Bank of America (BAC).

Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA
Dados promissores de inflação há alguns dias sugeriam aos investidores da Wall Street que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) poderia, afinal, conseguir um pouso suave para a economia norte-americana, o soft landing, ou seja, reduzir a inflação ao mesmo tempo em que a economia desacelera gradualmente.
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Em Wall Street, grandes investidores já se antecipam à chegada da 'estagflação'
Tal crença, no entanto, não prevalece entre os grandes gestores de dinheiro, que estão apostando que uma desaceleração econômica repleta de pressões de preços ainda intensas definirá as negociações de ativos no próximo ano. Com uma parte da curva de juros do Tesouro norte-americano enviando novos sinais de recessão, a ‘estagflação’ é o ponto de vista consensual entre impressionantes 92% dos entrevistados na mais recente pesquisa com gestores de fundos realizada periodicamente pelo Bank of America (BAC), divulgada nesta segunda-feira.

Trajetória

A visão pessimista prevalece mesmo quando dados recentes de emprego, bem como os índices de preços ao consumidor (o CPI, na sigla em inglês) e ao produtor (o PPI) - combinados com ganhos corporativos decentes -, sugerem que o Fed poderá, realmente, ter sucesso em sua missão de aumentar os custos de empréstimos sem travar o ciclo de negócios. Por enquanto, contudo, os investidores profissionais precisarão ver evidências mais conclusivas de uma mudança benigna na trajetória econômica antes de mudar materialmente seu posicionamento defensivo no mundo de ações e títulos. — Os bancos centrais vão apertar demais (a política monetária) e empurrar as economias para uma recessão moderada, mas vão parar de subir; antes de terem feito o suficiente para reduzir a inflação até a meta, à medida que os danos dos aumentos das taxas se tornarem mais claros — resume Wei Li, estrategista-chefe de investimentos globais na BlackRock.
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