Governadores de Estados decisivos escondem apoio a Bolsonaro

Arquivado em:
Publicado Sexta, 02 de Setembro de 2022 às 12:27, por: CdB

A campanha de Castro ainda avalia se o candidato estará presente aos atos públicos do 7 de Setembro, na capital fluminense. Castro tende a aparecer ao lado de Bolsonaro em algum momento, mas de forma a evitar que o governador seja ligado aos ataques ou declarações do presidente contra membros de outros poderes ou instituições democráticas.

Por Redação - de São Paulo
A apenas um mês para o primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece escondido nas propagandas eleitorais dos governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que formam o maior colégios eleitoral do país. O ostracismo forçado por parte dos governadores quanto ao nome do candidato da ultradireita à reeleição reforça a tentativa de um distanciamento maior às ameaças e ataques sistemáticos à democracia, ao sistema eleitoral e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). ‘Luzema’ Juntos, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas têm mais de 63 milhões de eleitores, cerca de 40% do eleitorado nacional. No Rio, o governador Cláudio Castro, que disputa a reeleição pelo PL, mesmo partido de Bolsonaro, tem feito pouco uso da imagem do chefe do governo federal em sua campanha nas redes sociais e na televisão.
vicegovernadorrio.jpg
Governador do Estado do Rio e candidato à reeleição, Claudio Castro tem evitado colar sua imagem à de Bolsonaro
A campanha de Castro ainda avalia se o candidato estará presente aos atos públicos do 7 de Setembro, na capital fluminense. Castro tende a aparecer ao lado de Bolsonaro em algum momento, mas de forma a evitar que o governador seja ligado aos ataques ou declarações do presidente contra membros de outros poderes ou instituições democráticas, conforme tem sido alardeado pelo Palácio do Planalto. Em Minas Gerais, onde Bolsonaro tentou uma aproximação com o governador Romeu Zema (Novo), a história se repete. Zema, que já foi visto como um aliado do Planalto, também tem ignorado Bolsonaro nas peças publicitárias de sua campanha de reeleição e os aliados também estão incentivando um movimento batizado de  “Luzema”, ou seja, o voto casado no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Zema.

De olho

Segundo a pesquisa DataFolha divulgada na véspera, Zema lidera a eleição mineira com 52% das intenções de voto, ante 22% de Alexandre Kalil (PSD), que tem o apoio de Lula. Já Carlos Viana, apoiado por Bolsonaro, registra 5% da preferência do eleitorado. Em São Paulo, por sua vez, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) subiu o tom das críticas ao PT e tem apostado na alta rejeição a Bolsonaro para tentar levar a disputa estadual para um eventual segundo turno. Os bolsonaristas, no entanto, estão de olho da campanha tucana, que se mantém distante da agenda presidencial. Segundo o Datafolha, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) lidera a corrida rumo ao Palácio dos Bandeirantes, com 35% das intenções de voto. Em seguida estão o ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21%, e Rodrigo Garcia, com 15%.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo