Gleisi Hoffmann sugere remoção de Campos Neto, por erro na gestão do BC

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Publicado Terça, 18 de Julho de 2023 às 15:05, por: CdB

A deputada enfatizou a importância de uma diminuição da taxa de juros em agosto para o benefício do Brasil. Ela também mencionou o economista Roberto Campos Neto, sugerindo que ele poderia aproveitar a oportunidade para renunciar ao cargo de direção do Banco.


Por Redação, com Reuters - de Brasília

Após a divulgação de dados pelo Banco Central (BC), que apontam para a desaceleração econômica do país em maio, bem como a deflação em junho, a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), expressou sua preocupação e cobrou mudanças na política monetária. Hoffmann também pediu uma diminuição mais forte da taxa de juros em agosto e sugeriu que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, seja removido do cargo.

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Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sugere que Campos Neto deixe a Presidência do BC


De acordo com dados divulgados pela autoridade monetária, a atividade econômica do país teve uma queda de 2,0% em maio em relação ao mês anterior. Essa queda representa a maior contração em pouco mais de dois anos e supera as expectativas de estagnação apontadas em uma pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters.

O dado revisado de abril mostrou um crescimento de 0,8%, enquanto nos primeiros cinco meses do ano o Índice de Atividade Econômica do BC registrou queda em dois meses, março e maio. A declaração da deputada Gleisi Hoffmann reflete a preocupação com a política monetária restritiva adotada pelo BC. Hoffmann argumenta, ainda, que essa posição vai contra a linha de desenvolvimento da economia real e popular defendida pelo PT.

Resiliente


A deputada enfatizou a importância de uma diminuição da taxa de juros em agosto para o benefício do Brasil. Ela também mencionou o economista Roberto Campos Neto, sugerindo que ele poderia aproveitar a oportunidade para renunciar ao cargo de direção do Banco.

 Economistas têm destacado a necessidade de cortes de juros para impulsionar a atividade econômica do país. Embora a política monetária restritiva tenha sido adotada para conter a inflação, a desinflação e o mercado de trabalho resiliente são fatores que podem mitigar a desaceleração econômica esperada.

A análise de diversos especialistas, no entanto, mostra que diferentes setores econômicos estão enfrentando pressão devido às condições financeiras mais apertadas. A produção industrial brasileira voltou a subir em maio, mas ainda está abaixo do nível pré-pandemia. Na outra ponta, o setor de serviços apresentou crescimento acima do esperado, enquanto as vendas no varejo caíram inesperadamente, influenciadas pela política monetária apertada do Banco Central no crédito.

Estimativas


Pesquisa realizada pelo BC, semanalmente, revelou que os agentes do mercado financeiro melhoraram suas estimativas para o crescimento econômico do Brasil neste ano e no próximo. As projeções apontam para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,25% e 1,30%, respectivamente.

O IBC-Br, índice utilizado como um sinalizador do PIB, é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção agropecuária, indústria, setor de serviços e impostos sobre a produção.

Diante desse cenário, a declaração da deputada Gleisi Hoffmann reflete uma posição crítica em relação à política monetária restritiva do BC e sua preocupação com a desaceleração econômica. Ela defende uma abordagem voltada para o desenvolvimento da economia real e popular, pedindo uma redução na taxa de juros como medida para impulsionar o crescimento econômico do Brasil.

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