Gilmar Mendes pede que PGR passe a investigar atos de Bolsonaro

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Publicado Sexta, 05 de Janeiro de 2024 às 18:54, por: CdB

No despacho, o magistrado pontua já ter declarado “invalidade absoluta" do parecer assinado pelo antecessor Augusto Aras, que isentou o ex-mandatário de responsabilidades. A revelação do conteúdo da decisão foi vazada para a mídia conservadora, nesta sexta-feira.


Por Redação - de Brasília

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado Gilmar Mendes determinou, em decisão sigilosa datada do dia 19 de dezembro, que o novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalie as eventuais omissões de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19.

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O ministro Gilmar Mendes quer mais detalhes sobre a participação de Bolsonaro em crimes cometidos durante a pandemia


No despacho, o magistrado pontua já ter declarado “invalidade absoluta" do parecer assinado pelo antecessor Augusto Aras, que isentou o ex-mandatário de responsabilidades. A revelação do conteúdo da decisão foi vazada para a mídia conservadora, nesta sexta-feira.

Esta não é a primeira vez que o ministro se envolve na investigação relacionada à gestão durante a pandemia. Em julho, Gilmar Mendes já havia desarquivado a investigação que inicialmente mirava outros membros do governo, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), atualmente deputado federal, e o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten.

Missão

O inquérito foi instaurado com base no relatório final da CPI da Covid, com foco em "ações e omissões" no âmbito do Ministério da Saúde durante a gestão de Pazuello, especialmente após o colapso do sistema de saúde em Manaus, no Amazonas, no início de 2021, resultando em mortes por falta de oxigênio.

 

Fábio Wajngarten também foi alvo da investigação devido à suposta falta de cumprimento de sua missão de informar a população sobre como reduzir as chances de contrair a doença. Além disso, foi citada a campanha lançada na época pelo governo Bolsonaro com o mote "O Brasil não pode parar", em contraposição às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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