George W. Bush diz que retirada de forças do Afeganistão 'é um erro'

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Publicado Quarta, 14 de Julho de 2021 às 11:24, por: CdB

Desde que as forças da OTAN e dos EUA começaram sua retirada do Afeganistão, o movimento Talebã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) aparentemente tem conseguido estender seu controle de forma significativa pelo país, apesar das forças de segurança locais terem se esforçado para o impedir.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Desde que as forças da OTAN e dos EUA começaram sua retirada do Afeganistão, o movimento Talebã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) aparentemente tem conseguido estender seu controle de forma significativa pelo país, apesar das forças de segurança locais terem se esforçado para o impedir.
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Ex-presidente dos EUA George W. Bush
O ex-presidente dos EUA George W. Bush criticou a decisão da Casa Branca em retirar suas forças do solo afegão, argumentando que se Washington e seus aliados da OTAN o fizerem, estarão deixando o destino do povo afegão nas mãos do Talebã. – As mulheres e meninas afegãs vão sofrer um mal indescritível. Isto é um erro (...) Elas serão simplesmente abandonadas para serem massacradas por estas pessoas muito violentas, e isso me parte o coração – comentou Bush em uma entrevista à Deutsche Welle. O antigo presidente acredita que também a chanceler alemã, Angela Merkel, que em breve deixará seu cargo, "se sente do mesmo jeito" sobre a retirada das forças do Afeganistão.

A guerra no Afeganistão em 2001

George W. Bush iniciou a guerra no Afeganistão em 2001, após o ataque às Torres Gêmeas em Nova York em 11 de setembro desse ano. Também conhecida como Guerra ao Terror, seu principal objetivo era a erradicação da al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) do país, passando o alvo da missão, mais tarde, a ser o Talebã e, consequentemente, o auxílio à nação a reconstruir seu país. Quase duas décadas mais tarde, os EUA e as forças da OTAN começaram a se retirar do Afeganistão, depois que o ex-presidente Donald Trump negociou o processo de retirada com o grupo no ano passado. Por sua vez, o presidente norte-americano atual, Joe Biden, prometeu manter essa promessa, mesmo que tenha alterado a data inicial da retirada completa das forças estadunidenses de solo afegão. Biden defende esta medida, afirmando que a guerra no Afeganistão não foi iniciada para ajudar Cabul na construção da nação e que o próprio povo afegão deveria traçar seu futuro.
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