Foro de São Paulo retoma atividades, após jejum de quatro anos

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Publicado Quinta, 29 de Junho de 2023 às 16:12, por: CdB

Secretária-executiva do evento, Mônica Valente chama a atenção para a sucessão de fatos políticos que precederam a edição deste ano e ajudaram a formatar o cenário de retorno do Foro. Ela destaca a situação de países vizinhos ao Brasil.


Por Redação, com RBA - de Brasília

Após o jejum de quatro anos, em face da pandemia e de um governo de ultradireita instalado no país, o tradicional Foro de São Paulo voltou à ativa nesta quinta-feira, a partir da capital federal, onde se concentram mais de 700 participantes, inscritos para acompanhar a programação ao longo dos próximos dias. O encontro é um espaço histórico de diálogo entre forças de esquerda de diferentes cantos do mundo e renasce em meio à recente ascensão de lideranças progressistas na América Latina, entre elas o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou da abertura dos trabalhos. 

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O Foro de São Paulo reúne os principais líderes da esquerda latino-americana


Secretária-executiva do evento, Mônica Valente chama a atenção para a sucessão de fatos políticos que precederam a edição deste ano e ajudaram a formatar o cenário de retorno do Foro. Ela destaca a situação de países vizinhos ao Brasil.

— Além do México, que veio para o campo progressista pela primeira vez em 2018, retomamos o governo na Argentina, com Alberto Fernández. Na Bolívia, conseguimos derrotar o golpe e eleger o presidente Luis Arce. No Chile, o Boric ganhou as eleições. Na Colômbia, pela primeira vez, (houve) um pacto histórico, uma coalizão de esquerda parecida com a nossa aqui no Brasil e que também ganhou as eleições. Então, a eleição do Lula coroa esse processo dos últimos três, quatro anos — afirmou.

Esquerda


Na pauta do congresso, o combate à extrema direita e a bandeiras como o neoliberalismo constam como prioritárias. Os diferentes braços do Foro de São Paulo, portanto, unem-se em torno da defesa da soberania nacional.

— Fazer a retomada dos encontros presenciais do Foro aqui em Brasília também coroa esse processo de lutas dos povos e de alguma alteração da correlação de forças e vitórias eleitorais (da esquerda) na América Latina — acrescentou Mônica Valente, a jornalistas.

Na atual edição, o Foro de São Paulo deverá receber 170 representantes dos partidos membros do Foro dos Países da América Latina e do Caribe; além de cerca de 80 convidados de partidos internacionais tidos como parceiros, embora não sejam exatamente membros do Foro, e cerca de 250 a 300 delegados nacionais.

Defesa


Ainda nesta manhã, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), divulgou em que desmonta a série de mentiras divulgadas pela extrema direita sobre o Foro de São Paulo, "uma organização que nasceu para lutar pela democracia, soberania e justiça social na América Latina e no Caribe".

“É por isso que o Foro de São Paulo é alvo, desde sempre, de uma permanente campanha de mentiras e desinformação movida por agentes da extrema direita e daqueles que se beneficiam da histórica desigualdade e injustiça em nossa região", conclui Hoffmann.

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