O bombardeio atingiu um centro de socorro ligado ao grupo xiita Hezbollah, aliado do Hamas na guerra na Faixa de Gaza e apoiado pelo Irã.
Por Redação, com ANSA – de Beirute
Ao menos nove pessoas morreram em um novo ataque aéreo de Israel contra o Centro de Beirute, capital do Líbano, na madrugada desta quinta-feira.
O bombardeio atingiu um centro de socorro ligado ao grupo xiita Hezbollah, aliado do Hamas na guerra na Faixa de Gaza e apoiado pelo Irã, que lançou cerca de 200 mísseis contra o território israelense na última terça.
A ofensiva de Israel contra o movimento fundamentalista começou há cerca de duas semanas e já deixou mais de mil mortos, incluindo o líder da organização, Hassan Nasrallah, vítima de um ataque aéreo em Beirute em 27 de setembro.
Paralelamente ao bombardeio contra a capital, o Exército israelense ordenou a evacuação de 25 localidades no sul do Líbano, incluindo a cidade de Nabatieh, uma das principais da região.
“Quem estiver perto de estruturas ou armas do Hezbollah estará em risco”, alertaram as Forças de Defesa de Israel (IDF).
Segundo a imprensa libanesa, também foram registrados bombardeios nos distritos de Tiro e Bint Jbeil, perto da fronteira, e no Vale do Beqaa, a leste de Beirute.
Já o Hezbollah diz ter repelido uma tentativa de incursão israelense na divisa entre os dois países e lançou dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel.
Israel anuncia morte de chefe do governo do Hamas em Gaza
O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira a morte do chefe do governo do grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza, Rawhi Mushtaha, em um ataque realizado há três meses contra um túnel no norte do enclave palestino.
Segundo as Forças de Defesa Israelenses (IDF), Mushtaha faleceu em um bombardeio ao lado de Sameh al-Siraj, que era responsável pela segurança no gabinete político do Hamas, e Sami Odeh, chefe do mecanismo de segurança geral do grupo.
“O Hamas está escondendo suas perdas para impedir a queda do moral e da operacionalidade de seus terroristas”, afirmaram as IDF, que descreveram o túnel como “um complexo subterrâneo fortificado e equipado”.
O local “servia como centro de comando e permitia a milicianos de alto escalão permanecer em seu interior por longos períodos de tempo”.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após atentados do Hamas que mataram 1,2 mil pessoas em Israel, cujos ataques no enclave custaram as vidas de quase 42 mil palestinos em quase um ano.