FMI revisa taxa de crescimento do Brasil e prevê o PIB em elevação

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Publicado Terça, 10 de Outubro de 2023 às 19:01, por: CdB

“A revisão em alta para 2023 desde julho reflete um crescimento mais forte do que o esperado no Brasil, impulsionado pela agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023″, avalia o FMI, em seu relatório.


Por Redação, com Bloomberg - de Washington

O Fundo Monetário Internacional (FMI) refez os cálculos e elevou, nesta terça-feira, o desempenho do Brasil neste ano para um crescimento econômico de 3,1%, ante 2,1% da última estimativa. Se o organismo acertar na previsão, o primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será melhor do que o último do governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, o país cresceu 2,9%.

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Pesquisa do FMI constata que a gestão econômica do Brasil está propensa a apresentar melhores resultados


“A revisão em alta para 2023 desde julho reflete um crescimento mais forte do que o esperado no Brasil, impulsionado pela agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023″, avalia o FMI, em seu relatório. Os níveis de consumo também permaneceram elevados, com o apoio de “medidas de estímulo fiscal”, acrescenta o documento.

O Fundo também elevou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024, mas ainda assim vê a economia crescendo menos do que esperavam os economistas. O FMI espera que o país apresente avanço de 1,5% contra alta anterior de 1,2%. As novas projeções constam no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta manhã (horário de Brasília), às margens das reuniões anuais do Fundo, em Marrakesh, no Marrocos.

Relatório


O cenário observado pelo FMI coloca o Brasil em ritmo superior ao do crescimento esperado para a economia global neste ano, mas abaixo do previsto para países emergentes e em desenvolvimento, de 4%. Economias como China, Índia e México devem crescer em ritmo superior ao do Brasil, na visão do Fundo. No longo prazo, o País deve seguir crescendo de forma tímida. O Fundo prevê alta de 2% do PIB local em 2028.

O FMI espera que a inflação no Brasil também melhore em 2023, para 4,7%. No ano passado, foi de 9,3%. E essa é a tônica à frente. Na visão do Fundo, a inflação brasileira deve se reduzir ainda mais em 2024, para 4,5%.

“A recente decisão do Brasil de adotar uma meta contínua (em vez de ano-calendário) de inflação de 3% a partir de 2025 é um exemplo concreto de uma melhoria na eficácia operacional e na estratégia de comunicação, ajudando a reduzir a incerteza e a aumentar a eficácia da política monetária”, diz o FMI, no relatório.

Segundo o Fundo, a política monetária adotada pelo Brasil é consistente com a convergência da inflação. O BC brasileiro foi um dos primeiros a cortar os juros, ao lado de Chile e Uruguai. Isso foi possível conforme o Fundo, porque o órgão começou a fazer o trabalho de combate à inflação mais cedo. A taxa de desemprego, por sua vez, deve ficar em 8,3% neste ano contra 9,3% em 2022. Para 2024, o Fundo espera que melhore um pouco mais, para 8,2% até dezembro.

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