FMI: cenário econômico mundial segue ruim, mas com sinais de melhora

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Publicado Sexta, 20 de Janeiro de 2023 às 13:35, por: CdB

No mesmo painel com a dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a presidente do Banco Central Europeu e antecessora de Georgieva no Fundo, Christine Lagarde, alertou que as pressões inflacionárias persistem, sobretudo com a provável melhora da economia chinesa.

Por Redação, com Reuters - de Davos
O cenário de riscos globais continua ruim, embora menor do que estava há alguns meses, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante o painel de encerramento do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta sexta-feira.
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Chefe do FMI, a búlgara Kristalina Georgieva adverte para os riscos causados pelas sanções à Rússia
— Está menos ruim do que a alguns meses atrás, mas isso não significa que esteja bom. O que melhorou foi a perspectiva de inflação e de crescimento da China, estamos projetando 4,4% (para 2023). Também vemos uma força maior do mercado de trabalho, com os consumidores gastando e fazendo a economia girar — disse Georgieva. Embora positiva, dado que o tema central do evento nest ano foi o crescente risco de recessão global, a avaliação veio com um alerta: — Devemos ser cautelosos porque a taxa de crescimento ainda é a terceira pior em décadas. Ela lembrou que o crescimento chinês ainda é moderado, e a Guerra da Ucrânia persiste, com suas consequências sobre o fornecimento de energia e de grãos.

Situação chinesa

O FMI prevê crescimento de 2,7% na economia global para 2023, segundo relatório do dia 13. Georgieva ressaltou, ainda, que "no médio prazo, temos que ver como asseguramos nossas cadeias de produção", defendendo uma expansão. — O custo de diversificar agora é de 0,2% do PIB, mas se boa comportarmos como um elefante numa loja de porcelanas, o custo pode chegar a 7 pontos do PIB — acrescentou. No mesmo painel, a presidente do Banco Central Europeu e antecessora de Georgieva no FMI, Christine Lagarde, alertou que as pressões inflacionárias persistem, sobretudo com a provável melhora da economia chinesa. — A China vai consumir mais energia do que no último ano, e a oferta não será tão elástica — concluiu.
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