Nos EUA, Lula promove agenda dedicada à democracia, contra o fascismo

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Publicado Quinta, 09 de Fevereiro de 2023 às 13:23, por: CdB

“Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais.

Por Redação, com agências internacionais - de Washington
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou, nesta quinta-feira, na capital norte-americana para uma agenda dedicada ao meio ambiente, à integração econômica e às ações contra o avanço mundial do fascismo. Lula tem reunião agendada com o presidente norte-americano, Joe Biden, nesta sexta-feira à tarde, na Casa Branca. O encontro marca a retomada das relações entre os dois países, que em 2024 completarão 200 anos de diplomacia.
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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, acompanhou Lula até a entrada do avião que o levou a Washington
Antes, também estão previstos encontros do presidente brasileiro com o senador Bernie Sanders, com deputados do partido Democrata e com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO). “Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais.

Golpes fracassados

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a pauta do encontro com Biden terá três temas centrais: democracia, direitos humanos e meio ambiente. Os dois presidentes devem discutir como os dois países podem continuar trabalhando juntos para promover a inclusão e os valores democráticos na região e no mundo. Lula e Biden foram eleitos e assumiram seus mandatos em contextos similares, de denúncias de supostas fraudes eleitorais e em meio a tentativas de golpe. Assim como as invasões e depredações às sedes dos Três Poderes, de 8 de janeiro em Brasília, o Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, foi atacado em janeiro de 2021 por grupos nazifascistas que não admitem, até hoje, a derrota eleitoral do ex-presidente Donald Trump. Ao comentar com jornalistas, na véspera, sobre os preparativos da viagem de Lula, o secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que o presidente conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades.

Extremismos

A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais em outubro do ano passado, e a segunda, no dia 9 de janeiro, um dia após os atos golpistas em Brasília. — Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política, com o tema do uso das redes (sociais) para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo em seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos, à violência e com o uso adequado das redes sociais — disse o embaixador.

Macron

A viagem do presidente Lula atende ao convite do presidente Joe Biden. Ele ficará hospedado na Blair House, residência oficial onde o presidente dos Estados Unidos recebe seus convidados mais importantes. Integram a comitiva, a primeira-dama Janja Lula da Silva e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Igualdade Racial, Anielle Franco. Também acompanham o presidente o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa; o líder do governo no Senado, Jacques Wagner; e o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim. Também estão previstas viagens para China e Portugal nos próximos meses. Lula recebeu, ainda, o convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para visitar o país em data a ser confirmada.
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