Esvaziada, CPI do MST suspende os trabalhos até parecer final

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Publicado Terça, 05 de Setembro de 2023 às 17:40, por: CdB

Por uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), os depoimentos que estavam previstos para a véspera, na CPI do MST, foram suspensos. A comissão ouviria dois funcionários do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), o presidente do órgão, Jaime Messias Silva, e o gerente-executivo da autarquia, José Rodrigo Marques Quaresma.


Por Redação - de Brasília

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o deputado Zucco (Republicanos-RS) suspendeu as atividades do colegiado até a apresentação do relatório final, no dia 14 de setembro. A determinação já foi comunicada aos parlamentares que integram o grupo.

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De 47 deputados, 24 já publicaram vídeos de trechos em que se posicionam durante a CPI do MST


A mensagem da Secretaria do CPI do MST diz: “Por determinação do Presidente, Deputado Zucco, informo que tendo em vista as recentes medidas regimentais e judiciais que inviabilizaram a continuidade das ações, depoimentos, quebras de sigilo e outras providências necessárias ao esclarecimento dos fatos relacionados à indústria de invasões de terras no Brasil, esta Presidência informa aos Senhores e Senhoras Parlamentares integrantes desta Comissão Parlamentar de Inquérito que não haverá nenhuma outra reunião ou audiência até a oportuna apreciação do relatório final.”

 

Depoimentos


Por uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), os depoimentos que estavam previstos para a véspera, na CPI do MST, foram suspensos. A comissão ouviria dois funcionários do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), o presidente do órgão, Jaime Messias Silva, e o gerente-executivo da autarquia, José Rodrigo Marques Quaresma. A decisão irritou Zucco e o relator da CPI do MST, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), que se reuniram para tratar do assunto. À tarde, veio a decisão do presidente da comissão.

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) comemorou a decisão do STF.

— Uma CPI que iniciou sem nenhum fato determinado, numa tentativa rasa de criminalização de um dos maiores movimentos sociais do mundo. Agora, a CPI termina com o relator, deputado-réu, indiciado por crimes contra o erário e o presidente investigado por misoginia. Fomos vitoriosos porque defendemos a verdade e a democracia, agora vamos lutar para que o relator e o presidente sejam responsabilizados pelos crimes que cometeram ao longo dessa CPI — concluiu.

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