Estudo revela quem mais espalha notícias falsas sobre vacinas

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Publicado Domingo, 22 de Outubro de 2023 às 15:15, por: CdB

Gramacho pontua, ainda, que quando comparado a outros levantamentos que também trataram sobre desinformação na internet, é possível observar que o comportamento de pessoas que divulgam informações incorretas, ou notícias falsas, variam conforme o tema.


Por Redação, com BdF - de São Paulo

Pessoas entre 35 anos e 44 anos de idade, educação inferior ao ensino médio, das classes D ou E, independente de sexo, e que frequentam igrejas evangélicas, são as que mais compartilham notícias falsas sobre vacinas no Brasil. O perfil foi delineado pelo estudo ‘A Comunicação no Enfrentamento da Pandemia de Covid-19’, realizado pelo Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS/UnB), que ouviu 1.845 pessoas com acesso à internet.

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Os evangélicos são o grupo religioso que mais se aproxima da extrema direita


— Não quer dizer que pessoas que têm essas características são pessoas que automaticamente compartilham notícias falsas, mas o contrário, que pessoas que compartilham esses tipos de desinformação sobre vacinas costumam ter essas características — detalhou o pesquisador Wladimir Gramacho, coordenador da pesquisa e do CPS/UnB.

Gramacho pontua, ainda, que quando comparado a outros levantamentos que também trataram sobre desinformação na internet, é possível observar que o comportamento de pessoas que divulgam informações incorretas, ou notícias falsas, variam conforme o tema.

 

Padrão


Ainda segundo o pesquisador, quando o tema político é observado, há uma tendência de pessoas idosas mais facilmente compartilharem notícias erradas, mas quando o assunto é vacina esse padrão é diferente no Brasil, inclusive quando comparado a pesquisas realizadas em outros países.

— A principal explicação para isso talvez seja o fato de pessoas mais velhas terem sido socializadas em uma época em que o país viveu grandes conquistas no seu Programa Nacional de Imunizações — afirmou.

Para seleção da amostra nacional, os pesquisadores utilizaram um cadastro online com mais de 500 mil inscritos, no qual foram aplicadas cotas de gênero, idade, região e classe social para representar adequadamente a população brasileira. Os participantes selecionados responderam um questionário online no qual foram convidados a compartilhar 12 notícias sobre vacinas, identificadas apenas pelo título, sendo metade com conteúdo verdadeiro e outras seis falsas.

De todos os pesquisados, 11,3% informaram que compartilhariam ao menos uma das notícias falsas e 3,7% informaram que compartilhariam cinco das notícias inverídicas.

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