Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2024

Especialistas abordam perspectivas de moeda comum do BRICS e dólar

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Segunda, 16 de Setembro de 2024 às 20:59, por: CdB

Marcos Caramuru, ao se referir às perspectivas de criação de uma moeda comum do BRICS, disse que, para incentivar o uso de moedas nacionais no comércio, é necessário pensar em criar um ativo semelhante aos Direitos Especiais de Saque (DES).

Por Redação, com Sputnik – de Moscou

A agência russa de notícias Sputnik realizou, nesta segunda-feira, uma videoconferência internacional sobre questões econômicas de grande atualidade com o tema “Maioria global no século XXI: resistindo às sanções e buscando uma alternativa ao dólar“.

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O yuan chinês ganha o espaço do dólar em um mercado cada vez maior, ao redor do globo

O encontro reuniu destacados especialistas em temas vinculados às relações financeiras internacionais que falaram sobre as perspectivas de adoção de um sistema de pagamentos em moedas nacionais entre os países do grupo BRICS, o futuro do dólar, a criação de uma moeda do BRICS, bem como sobre o impacto das sanções na economia russa.

Entre os convidados estiveram Marcos Caramuru, o ex-diretor-executivo do Banco Mundial e integrante do Conselho Internacional do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Sergei Afontsev, o membro correspondente da Academia de Ciências da Rússia e diretor do Departamento de Economia Mundial da Faculdade de Economia da Universidade Lomonosov de Moscou; e Ekaterina Arapova, a diretora do Centro de Análise de Políticas de Sanções do Instituto de Estudos Internacionais.

Pesquisas

Marcos Caramuru, ao se referir às perspectivas de criação de uma moeda comum do BRICS, disse que, para incentivar o uso de moedas nacionais no comércio, é necessário pensar em criar um ativo semelhante aos Direitos Especiais de Saque (DES).

Para o palestrante, a “ideia de transformar essa moeda em uma moeda do BRICS é mais complicada. Serão necessárias muito mais pesquisas, mas não há nada de impossível em tratar, pelo menos em caráter experimental, da ideia de um acordo que crie ativos semelhantes aos DES que possam ser usados como referência no comércio entre os países do BRICS”.

Já Sergei Afontsev falou sobre a resiliência da economia russa.

— Apesar dos percalços muito significativos decorrentes das sanções e dos benefícios perdidos com as mesmas, a economia russa está funcionando muito bem sob sanções. No ano passado, pela primeira vez em muitos anos, a economia russa cresceu mais rápido do que a economia global. Essa tendência continuará este ano. Isso não só vai contra as expectativas dos promotores das sanções como também inverte a lógica de suas ações em 180 graus — concluiu.

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