Equador mobiliza 3,6 mil militares e polícias para 'garantir a segurança' nas prisões

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Publicado Sábado, 02 de Outubro de 2021 às 07:53, por: CdB

Na prisão onde ocorreu o confronto mortal estão presas 8,5 mil pessoas, tendo uma superlotação que chega a 60%, de acordo com os números oficiais. Em prisões como essa, é comum existirem motins com armas de fogo entre gangues rivais com ligações ao tráfico internacional de drogas e que lutam pelo poder entre si mesmas.

Por Redação, com Sputnik - do Quito

O governo de Guillermo Lasso, presidente do Equador, anunciou uma série de medidas para evitar mais confrontos como os de quinta-feira, que deixaram, pelo menos, 118 pessoas mortas.
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Governo do Equador mobiliza 3,6 mil militares e polícias para 'garantir a segurança' nas prisões
Foram mobilizados cerca de 3,6 mil militares e policiais para todo o sistema prisional do país, de modo a "garantir a segurança" nas instalações, de acordo com a ministra do Interior, Alexandra Vela. – O governo está mobilizando permanentemente 3.600 membros da Polícia Nacional e das Forças Armadas em todas as prisões do Equador diariamente – disse Vela em uma coletiva de imprensa, na capital Quito, citada pelo portal Infobae. Esta nova medida visa descongestionar o sistema penitenciário equatoriano, cuja capacidade é para 30 mil detentos mas que há vários anos enfrenta uma crise devido a uma superlotação de 30%, falta de guardas, orçamento reduzido, corrupção e guerra entre gangues com conexões ao tráfico de drogas mexicano e colombiano. Na prisão onde ocorreu o confronto mortal estão presas 8,5 mil pessoas, tendo uma superlotação que chega a 60%, de acordo com os números oficiais. Em prisões como essa, é comum existirem motins com armas de fogo entre gangues rivais com ligações ao tráfico internacional de drogas e que lutam pelo poder entre si mesmas.

Lutas sangrentas

No ano passado, a prisão foi epicentro de lutas sangrentas entre gangues ligadas ao tráfico de drogas, pelo que o Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Adultas (SNAI, na sigla em espanhol) vai "se concentrar no controle total" da prisão, e "incluir entre as medidas de segurança o escaneamento de cargas para evitar o contrabando de armas", citado na matéria. O complexo penitenciário também deverá ser reabilitado e os prisioneiros serão colocados em diferentes alas para evitar atos violentos. A ministra do Interior também anunciou, em uma ação coordenada com o Município de Guayaquil, que os locais de sepultamento serão entregues às famílias dos detentos que foram mortos, e que lhes será oferecido "acompanhamento" através dos Ministérios da Saúde e da Inclusão Social.
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