Envolvidos em compra de votos para Fufuca negam crime perante a PF

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Publicado Quinta, 21 de Março de 2024 às 19:36, por: CdB

Nas conversas compartilhadas, há fotos de maços de dinheiro e citações explícitas à compra de votos, mas todos os depoentes negaram ter participado da atividade ilícita. Também se calaram diante do teor das mensagens identificadas pelos delegados federais.


Por Redação - de Brasília

Os suspeitos de distribuir e receber recursos destinados à compra e venda de votos para o atual ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), negaram a autoria do crime, em depoimento à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira. Os integrantes grupos de mensagens digitais disseram não se recordar dos conteúdos veiculados.

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O deputado Fufuca (PP-MA), declaradamente bolsonarista, já chegou à Esplanada dos Ministérios


Nas conversas compartilhadas, há fotos de maços de dinheiro e citações explícitas à compra de votos, mas todos os depoentes negaram ter participado da atividade ilícita. Também se calaram diante do teor das mensagens identificadas pelos delegados federais.

A PF ouviu cinco suspeitos, em oitiva liderada pelo delegado federal Edem Napoli Guimarães, nos dias 16 e 17 de janeiro deste ano, em videoconferências. Todos foram ouvidos na condição de suspeitos, ou seja, poderiam ficar em silêncio para não produzir provas contra eles mesmos.

 

Conversa


Todos os citados, no processo, moram no interior do Maranhão, em redutos eleitorais do hoje ministro. O site de notícias Brasil de Fato (BdF) confirmou que um dos ouvidos aparece pedindo uma chuteira em troca de voto em Fufuca. O suspeito disse à PF não se lembrar nem que era o proprietário da linha, que estava em seu nome na época da conversa.

Outro depoente foi o empresário Clistenes Vieira Brito, integrante do grupo de mensagens “Os lindos”, no qual foi compartilhada uma imagem do produtor de eventos Marcus Sales com bolos de dinheiro e era discutida abertamente a compra de votos para Fufuca na véspera da eleição daquele ano. Questionado pela PF, Clistenes alegou que as mensagens trocadas no grupo eram “uma brincadeira”.

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