Empresas de SP acusadas de elo com PCC receberam R$ 800 milhões

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Publicado Segunda, 15 de Abril de 2024 às 12:29, por: CdB

De acordo com o MP, o PCC teria injetado R$ 54 milhões na Transwolff, uma das empresas de ônibus, em 2015. O dinheiro do crime vem sendo lavado pela companhia desde então. Em 2015, vale frisar, a transferência de recursos já teria indicado a prática de lavagem de dinheiro.


Por Redação, com CartaCapital - de São Paulo


Por conta da operação realizada na semana passada que investiga a relação entre empresas de ônibus de São Paulo e o Primeiro Comando da Capital (PCC), investigadores ligados ao caso passaram a apurar o histórico de repasses da prefeitura da capital paulista às empresas.




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Autoridades investigam suspeita de lavagem de dinheiro em empresas responsáveis pela operação de ônibus na capital

Dados do Ministério Público (MP) de São Paulo revelados pelo programa Fantástico, da TV Globo, deste domingo mostram verbas públicas bilionárias circulando nas empresas investigadas desde, pelo menos, 2015. Até aqui, os repasses revelados davam conta de um montante de R$ 800 milhões.


Segundo mostrou o programa, o montante, se somado desde o início do contrato, é significativamente maior. A Transwolff, principal investigada no caso, já recebeu, por exemplo, mais de R$ 5 bilhões da prefeitura de SP, sob as suas diferentes gestões, desde 2015.


Já a Upbus, outro alvo da ação do MP, passou a ter contrato com a cidade em 2018. Até o ano passado, a empresa já recebeu pelo menos R$ 391 milhões dos cofres públicos.


No mesmo sentido, agentes responsáveis pelo caso também começaram a desvendar os detalhes das relações financeiras entre os grupos empresariais e a organização criminosa.



Empresas de ônibus


De acordo com o MP, o PCC teria injetado R$ 54 milhões na Transwolff, uma das empresas de ônibus, em 2015. O dinheiro do crime vem sendo lavado pela companhia desde então.


Em 2015, vale frisar, a transferência de recursos já teria indicado a prática de lavagem de dinheiro.


De acordo com a emissora, o crime organizado teria, naquele momento, sido essencial para o fechamento com o contrato com a prefeitura. Partiu do PCC os R$ 21 milhões injetados na empresa para que ela pudesse chegar ao patamar exigido no edital para fazer parte de uma licitação.


Sobre essa hipótese, esclarece o Ministério Público, a transferência de recursos traria dois benefícios: ao mesmo tempo que era uma forma de lavar dinheiro ilícito, fortalecia a empresa na qualificação para processos licitatórios.


Até o momento, seis pessoas suspeitas foram presas. Os principais diretores das empresas foram afastados, e as companhias estão sob intervenção estatal da SPTrans.




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