Embaixador dos EUA critica veto da Alemanha a missão no Golfo

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Publicado Quinta, 01 de Agosto de 2019 às 10:16, por: CdB

Diplomata condena recusa a pedido de Washington por envio de força naval a Estreito de Ormuz. Governo alemão descarta medida, dizendo preferir aliviar as tensões com o Irã.

Por Redação, com DW - de Washington

O embaixador dos EUA na Alemanha, Richard Grenell, criticou duramente o governo em Berlim pela negativa de enviar uma missão militar ao Estreito de Ormuz, Em entrevista publicada nesta quinta-feira, ele comentou que a maior economia da Europa deve assumir mais responsabilidade global.
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Soldado americano no Estreito de Ormuz: EUA querem que Alemanha ajude na segurança da região
Na quarta-feira, o ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, descartou a participação alemã numa missão naval americana planejada para o Estreito de Ormuz, perto do Irã, depois que os EUA disseram ter feito um pedido formal a Berlim para "ajudar na segurança" e "combater agressões iranianas". Segundo Maas, a Alemanha quer aliviar as tensões com Teerã, e tudo deve ser feito para evitar um acirramento da situação. Expressando frustração com a decisão, em entrevista ao jornal Augsburger Allgemeine Grenell argumentou que Berlim deve assumir suas responsabilidades. "A Alemanha é a maior potência econômica da Europa. Esse sucesso acarreta responsabilidades globais", observou. Ele disse que há semanas os Estados Unidos vêm tentando obter apoio da Alemanha para a missão militar no Estreito de Ormuz e que, enquanto uma ministra falou de analisar o pedido, o ministro do Exterior o rejeitou. De fato, a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, disse em Bruxelas que a Alemanha estava "analisando" o pedido, adotando um tom mais suave que Maas.

Ocidente

– Os Estados Unidos se sacrificaram muito para ajudar a Alemanha a continuar fazendo parte do Ocidente – disse Grenell ao jornal, evocando as grandes somas que os norte-americanos pagam para manter seus 34 mil soldados estacionados na Alemanha. No fim de julho,o Reino Unido determinou que sua Marinha escolte navios com bandeira britânica no Estreito de Ormuz, em resposta à captura de um petroleiro na região.
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