A emboscada contra a vereadora acabou ocorrendo na saída dela de um evento na Casa das Pretas, no Estácio, bairro do centro do Rio de Janeiro, em março de 2018.
Por Redação, com CartaCapital – do Rio de Janeiro
Ronnie Lessa confessou em sua delação à Polícia Federal que houve tentativas de assassinar a vereadora Marielle Franco antes do dia 14 de março de 2018, quando o crime se consumou.
O ex-PM citou uma ocasião em que a vereadora estava em um bar na Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade, mas que eles teriam ‘perdido a oportunidade’.
– Esse bar da Praça da Bandeira, pois esse bar eu já tinha perdido uma oportunidade porque o Macalé não tinha chegado a tempo, e ela estava sentada nesse bar. Não sei como o Macalé soube disso, mas alguém que estava seguindo ela falou que ela estava no bar – declarou.
Macalé é Edmilson Oliveira da Silva, apontado pelas investigações como interlocutor dos executores com os mandantes. Macalé foi morto em novembro de 2021.
Lessa e Élcio de Queiroz foram presos juntos em março de 2019, suspeitos de serem os assassinos. Élcio foi o primeiro a delatar e confessou ter participado do crime, dirigindo o carro usado para matar Marielle e o motorista Anderson Gomes, em fevereiro de 2018. Lessa confirmou o que as investigações já mostravam, que ele pagava uma espécie de mesada ao comparsa mesmo após os dois serem presos.
Emboscada
O ex-PM também disse que houve uma tentativa de executar a vereadora próximo à sua residência, mas que seu endereço era muito policiado e a emboscada teve que ser realizada em outro local.
– Tentamos algumas vezes em vão dar prosseguimento ao fato e só que sem sucesso, ali é uma área de difícil acesso, 30 não tem como parar….ali existe um policiamento na calçada, então quer dizer, era um lugar difícil de monitorar – detalhou.
A emboscada contra Marielle acabou ocorrendo na saída dela de um evento na Casa das Pretas, no Estácio, bairro do Centro do Rio de Janeiro.