Duas tarefas na Semana Santa

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Publicado Quarta, 27 de Março de 2024 às 09:40, por: CdB

O projeto antissindical não pode ser aprovado na CAS e, para tanto, é preciso ganhar os votos dos senadores que a compõem derrotando aqueles que têm seguido as orientações do senador Rogério Marinho, líder da oposição bolsonarista.


Por João Guilherme Vargas Netto - de São Paulo


Há duas tarefas a serem cumpridas pelo movimento sindical mesmo nestes dias feriados.


A primeira delas, incumbência de todo o movimento em suas bases de trabalhadores e trabalhadoras, é a de participar juntamente com toda a população e com o SUS da luta para enfrentar o grave surto da dengue.




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Para representar bem os trabalhadores, as instituições sindicais precisam de financiamento

Os sindicatos podem, em cada cidade e com conhecimento de causa, ajudar nas ações de limpeza e prevenção dos criadouros do mosquito, nas medidas visando a vacinação e até mesmo oferecendo suas instalações e sedes como locais de exames, de testes e de tratamento dos sintomas da doença.


A segunda tarefa, principalmente de incumbência dos dirigentes sindicais, é a de intensificar as visitas e conversas com os senadores em cada um dos estados brasileiros com vistas a informá-los sobre os aspectos negativos do PL 2.099/23, em discussão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que afronta as decisões recentes do STF e é um grave empecilho à ação sindical nas negociações coletivas.



Projeto antissindical


O projeto antissindical não pode ser aprovado na CAS e, para tanto, é preciso ganhar os votos dos senadores que a compõem derrotando aqueles que têm seguido as orientações do senador Rogério Marinho, líder da oposição bolsonarista.


E, como o exemplo vindo dos dirigentes é sempre mobilizador, sugiro a eles que preparem visitas pessoais aos senadores, aproveitando os dias em que devido à Semana Santa estão presentes em suas bases eleitorais.


As centrais e as confederações podem determinar quais de seus dirigentes principais visitarão cada um dos três senadores do seu estado (mesmo os que não participam da CAS) unificando as argumentações e controlando os resultados das visitas. O DIAP já apresentou um estudo com a análise da correlação de forças na CAS e no Senado.


Estas duas tarefas complementam, nas cúpulas e nas bases, o esforço para garantir a relevância do movimento sindical nesta Semana Santa.


 

 

João Guilherme Vargas Netto, é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.


As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil





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