Dólar inverte tendência enquanto as ações tentam sair do vermelho

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Publicado Quinta, 14 de Novembro de 2019 às 09:21, por: CdB

Na sessão anterior, o dólar fechou no segundo maior nível da história para um encerramento no mercado à vista, a 4,1869 reais na venda, com alta de 0,48%, impulsionado por pressões políticas vindas de vizinhos latino-americanos e pela incerteza comercial no exterior.

 
Por Redação - de São Paulo
  A sessão do mercado financeiro nesta quinta-feira, véspera de feriado, era marcada por dados fracos em importantes economias globais. No Chile, a moeda voltava a mostrar firme depreciação mesmo depois de o Banco Central (BC) local anunciar medidas para um peso em declínio.
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Principal índice da B3, o Ibovespa registrava duas quedas, em sequência, ao longo de uma semana mais curta
Às 11h03, o dólar recuava 0,05%, a R$ 4,1849 na venda. Na mínima, a cotação foi a R$ 4,1640 na venda (-0,55%) e na máxima bateu R$ 4,1940 (+0,17%). Na sessão anterior, o dólar fechou no segundo maior nível da história para um encerramento no mercado à vista, a R$ 4,1869 na venda, com alta de 0,48%, impulsionado por pressões políticas vindas de vizinhos latino-americanos e pela incerteza comercial no exterior.

Emergentes

O dólar futuro de maior liquidez DOLc1 registrava alta de 0,38% neste pregão, a 4,1905 reais. — Novamente, o peso (chileno) contamina as moedas emergentes — disse Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. O peso caía 1,1% ante o dólar, renovando mínimas históricas acima de 807 por dólar, mesmo depois de, na véspera, o BC chileno anunciar que injetará até US$ 4 bilhões no mercado local, para melhorar a liquidez no câmbio. A sessão também era marcada por dados internacionais decepcionantes. O crescimento da produção industrial da China desacelerou significativamente mais do que o esperado em outubro, enquanto na Europa a Alemanha evitou apenas por pouco uma recessão. Esse pano de fundo pressionava divisas de risco em geral. O dólar australiano recuava 1%, enquanto o peso colombiano perdia 0,7%. Já o iene japonês, considerado ativo seguro, ganhava 0,2%. O Banco Central do Brasil vendeu, nesta quinta-feira, 1 mil dos 12 mil contratos de swap cambial reverso e US$ 50 milhões dos US$ 600 milhões em moeda à vista ofertados. Adicionalmente, a autarquia também ofertará até 11 mil contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020.

Bolsas

O principal índice da B3 (Ibovespa), ao longo desta manhã, arriscava uma sessão de ajuste positivo, após duas quedas consecutivas, em semana encurtada por feriado nacional, com balanços trimestrais ditando o ritmo dos negócios enquanto as negociações comerciais entre EUA e China continuam no radar dos investidores. Às 11h53, o Ibovespa subia 0,49 %, a 106.575,89 pontos. No acumulado das duas sessões anteriores, o índice recuou 2,13%. O volume financeiro somava R$ 3,854 bilhões. O setor de consumo sustentava a leve alta do Ibovespa nesta manhã, guiado por bons resultados das empresas da área e uma perspectiva boa para o último trimestre do ano. A Cielo informou que as vendas do varejo no país avançaram 5,2% em outubro, contra o ano anterior, já descontada a inflação.

Investimentos

“Os indicadores de comércio apontam para um movimento de recuperação cada vez mais disseminado entre os setores”, apontou a XP Investimentos em nota, acrescentando que a recuperação das vendas de produtos duráveis continuará sendo um dos principais vetores de crescimento do comércio nos próximos meses. Nesse sentido, o mercado teve mais ânimo com dados da atividade econômica brasileira, que teve em setembro a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho em quatro meses, fechando o trimestre com o resultado mais forte em um ano, conforme sinalizado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Ainda no cenário nacional, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em Brasília que não vai entrar em guerra comercial, em referência às disputas entre Estados Unidos e China, e destacou que o Brasil não tem restrições de parceiros no comércio internacional.

Guerra comercial

Na mais recente notícia do embate comercial entre as duas maiores economias do mundo, a alfândega da China informou nesta quinta-feira que suspendeu restrições à importação de carne de aves dos Estados Unidos, com efeito imediato. Mais cedo, o Ministério do Comércio chinês afirmou que o país asiático e os EUA estão mantendo discussões “profundas” sobre a primeira fase de um acordo comercial, e o cancelamento de tarifas é uma condição importante para se chegar a um pacto.
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