Do Val assume que manipulou a mídia contra ministro da Suprema Corte

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Publicado Quinta, 09 de Fevereiro de 2023 às 13:31, por: CdB

Na denúncia, que ganhou o noticiário há duas semanas, Do Val disse inicialmente que foi coagido pelo ex-presidente Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (sem partido) a participar de um golpe de Estado. O plano era gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para constrangê-lo.

Por Redação - de Brasília
Sob os holofotes da Procuradoria-Geral da República (PGR) após revelar a possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no golpe de Estado que fracassou em 8 de Janeiro, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) diz agora que manipulou o noticiário com informações conflitantes sobre a ação terrorista na Praça dos Três Poderes.
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O senador Marcos Do Val foi às redes sociais, nesta quinta-feira, confessar que participou de uma reunião golpista com Bolsonaro
Na denúncia, que ganhou o noticiário há duas semanas, Do Val disse inicialmente que foi coagido pelo ex-presidente Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (sem partido) a participar de um golpe de Estado. O plano era gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para constrangê-lo e, assim, comprometer o resultado eleitoral. Depois, ao falar sobre o caso pelas redes sociais e em entrevistas à mídia conservadora, o senador mudou o relato por quatro vezes seguidas. Na véspera, a blogueiros na internet, Do Val afirmou que "tudo é estratégico”. Milícias — Com o tempo vocês vão saber qual é (o objetivo). Vocês podem ter certeza que com o tempo vocês vão saber qual é. O objetivo foi atingido, e é claro que eu fiz essa manipulação de notícias desencontradas, mas um dia vocês podem entender isso daí — afirmou. Se a meta era envolver o ministro Alexandre de Moraes, no entanto, o tiro saiu pela culatra. Se Moraes pretendia enviar parte do inquérito das milícias digitais antidemocráticas aos juizados de Primeira Instância, agora não procederá dessa forma. Bolsonaro, assim, passou a figurar como principal suspeito e, entre ministros do STF, já prevalece a tese de não há como separar o que será julgado pela Corte e o que seguirá à Primeira Instância.
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