Declaração de apoio do presidente a Milton Ribeiro vira meme

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Publicado Quarta, 22 de Junho de 2022 às 13:50, por: CdB

Bolsonaro promoveu uma mudança drástica em relação a declarações anteriores sobre o ex-ministro. Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura permanecem presos pela ‘Operação Acesso Pago’, da PF, suspeitos de corrupção passiva e ativa, respectivamente, no Ministério da Educação do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Por Redação - do Rio de Janeiro
O apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, transformou-se em meme nas redes sociais.
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No Twitter, a charge de Bolsonaro colocando 'a cara no fogo' por Milton Ribeiro tem sido distribuída à larga
— Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Uma covardia o que estão fazendo. Quando o cara quer armar, ele vai pelado na piscina, para a praia, pro meio do mato, não bota na agenda — disse o mandatário, em março, sobre as denúncias sobre a existência de um "gabinete paralelo" formado por pastores lobistas, no Ministério da Educação; e exigiu provas da corrupção praticada na pasta.

‘Acesso Pago’

Nesta manhã, no entanto, Bolsonaro rifou o então aliado e disse que o ex-ministro da Educação deverá responder pelos próprios atos. — Se tem prisão, é PF, é sinal que a PF está agindo. Que ele responda pelos atos dele. Peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem problema, a PF está agindo, está investigando. É sinal que eu não interfiro na PF, porque isso vai respingar em mim, obviamente — disse o presidente, em entrevista a uma rádio paulista. A declaração marca uma mudança drástica em relação a declarações anteriores do presidente sobre o ex-ministro. Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura permanecem presos pela ‘Operação Acesso Pago’, da PF.  Fontes ouvidas pela reportagem do Correio do Brasil deram conta que Ribeiro teria dito aos agentes da PF que agiu em nome do presidente da República, tão logo soube das declarações do mandatário a seu respeito.

Novo inquérito

Ainda nesta quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto uso de dinheiro público para fazer propaganda eleitoral antecipada em motociatas. A solicitação foi feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que aponta para um gasto de aproximadamente R$ 8,8 milhões no cartão corporativo da Presidência entre janeiro e abril deste ano. Vaz relaciona a fatura de abril, de R$ 4,2 milhões, a três motociatas: em São Paulo, no dia 15 de abril; em Rio Verde, interior de Goiás, cinco dias depois e em Uberaba, no dia 30 do mesmo mês.
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