Conselho da ONU pede fim da violência em Myanmar

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Publicado Quinta, 22 de Dezembro de 2022 às 08:53, por: CdB

Myanmar está em crise desde que o Exército assumiu o poder do governo eleito de Suu Kyi em 1º de fevereiro de 2021, detendo ela e outras autoridades e respondendo a protestos pró-democracia e dissidência com força letal.

Por Redação, com Reuters - de Nova York

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou sua primeira resolução sobre Myanmar em 74 anos na quarta-feira para exigir o fim da violência e instar a junta militar a libertar todos os presos políticos, incluindo a líder destituída Aung San Suu Kyi.

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Myanmar está em crise desde que o Exército assumiu o poder do governo eleito de Suu Kyi em 1º de fevereiro de 2021

Myanmar está em crise desde que o Exército assumiu o poder do governo eleito de Suu Kyi em 1º de fevereiro de 2021, detendo ela e outras autoridades e respondendo a protestos pró-democracia e dissidência com força letal.

– Hoje enviamos uma mensagem firme aos militares de que eles não devem ter dúvidas, esperamos que esta resolução seja implementada na íntegra – disse a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, após votação da resolução elaborada pelos britânicos.

– Também enviamos uma mensagem clara ao povo de Myanmar de que buscamos progresso em linha com seus direitos, desejos e interesses – afirmou Woodward ao conselho de 15 membros.

Crise de Myanmar

Há muito tempo existe uma divisão sobre como lidar com a crise de Myanmar, com a China e a Rússia argumentando contra uma ação forte. Ambas se abstiveram na votação de quarta-feira, junto com a Índia. Os 12 membros restantes votaram a favor.

– A China ainda tem preocupações – disse o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, ao conselho após a votação. "Não há solução rápida para a questão... Se ela pode ou não ser resolvida adequadamente no final, depende fundamentalmente, e apenas, do próprio Myanmar."

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, afirmou que Moscou não vê a situação em Myanmar como uma ameaça à paz e segurança internacional e, portanto, acredita que não deve ser tratada pelo Conselho de Segurança da ONU.

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