Centro-esquerda patina para um acordo, em áreas bolsonaristas

Uma ala do PT, no Rio, avalia que a candidatura de Marcelo Freixo, com perfil mais à esquerda e mais identificada com pautas de costumes, complica o crescimento de Lula diante da diferença entre o ex-presidente e o atual, Jair Bolsonaro (PL). A diferença entre eles já foi maior e vem se estreitando perigosamente.

Por Redação - do Rio de Janeiro

Em dois colégios eleitorais importantes para a eleição presidencial: Rio de Janeiro e Ceará, onde há forte presença do bolsonarismo, os partidos da centro-esquerda encontram dificuldades para alinhar seus candidatos. No Rio, a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) encontra uma ameaça depois que o PSB decidiu lançar o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) ao Senado, quebrando um acordo com o PT, que tem como pré-candidato o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano.

Em resposta, o PT decidiu convidar o prefeito Eduardo Paes, do PSD, para coordenar a campanha de Lula no Estado. No Ceará, a aliança de 16 anos entre PT e PDT foi quebrada, depois que a ala de apoio ao presidenciável Ciro Gomes, do PDT, aprovou o nome de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, para disputar o governo estadual, preterindo a atual governadora Izolda Cela, que teria o apoio dos petistas. A divisão fortalece no Ceará o bolsonarista Capitão Wagner, assim como a direita, hoje liderada pelo governador Claudio Castro, também cresce no Rio, com a divisão com campo progressista.

Aliança

Uma ala do PT, no Rio, avalia que a candidatura de Marcelo Freixo, com perfil mais à esquerda e mais identificada com pautas de costumes, complica o crescimento de Lula diante da diferença entre o ex-presidente e o atual, Jair Bolsonaro (PL). A diferença entre eles já foi maior e vem se estreitando perigosamente. Diante dos fatos, cresce a proposta de uma aliança com Rodrigo Neves, do PDT, e Felipe Santa Cruz, do PSD, em apoio ao prefeito Eduardo Paes.