Candidata negra e petista em MG recebe ameaça de morte

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Publicado Sexta, 16 de Setembro de 2022 às 11:30, por: CdB

A exaltação ao torturador Brilhante Ustra é comum entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que comumente homenageia o ex-militar, acusado de diversos crimes na ditadura militar, morto em 15 de outubro de 2015.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

“Vamos eliminar você”. O recado chegou para a deputada estadual Andreia de Jesus, mulher preta e candidata a reeleição em Minas Gerais, por e-mail, na última quinta-feira.
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Andreia de Jesus é Deputada Estadual
Na mensagem, o agressor, que usou um endereço eletrônico que ainda não foi identificado, lembra a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada brutalmente em 14 de março de 2018. – Deputada Andreia de Jesus, vou ser direto. Estamos cansados de seus ataques à família mineira. Por isso, vamos eliminar você. Vai ser com tiros nas nádegas e pelas costas, pois os traidores merecem. Você nem vai ver o que te atingiu. Seus dias estão contados e seu fim é questão de tempo. Muito pouco tempo. Marielle te espera. Ustra vive! Selva! – encerrou o criminoso.

Apoiadores do presidente

A exaltação ao torturador Brilhante Ustra é comum entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que comumente homenageia o ex-militar, acusado de diversos crimes na ditadura militar, morto em 15 de outubro de 2015. A deputada se manifestou nas redes sociais: “Na quinta era para ser um dia alegre de reencontros com o presidente Lula e com o povo de Montes Claros, mas ao contrário disso, fiquei pensando mais uma vez em como a minha vida e a de tantas pessoas negras neste país não são tratadas como vidas vivíveis”, lamentou. Segundo Andreia de Jesus, sua equipe já tomou medidas jurídicas para localizar quem fez a ameaça. “Nós lutamos diariamente pela garantia dos direitos humanos. Sei que não estou sozinha nessa luta! Sou semente de Marielle Franco, floresço, me fortaleço a cada dia e não permitirei ser interrompida”, encerrou. Desde o fim do ano passado, a deputada tem sido alvo de ameaças de morte. As agressões começaram após a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) cobrar uma investigação sobre uma operação policial em Varginha, no sul de Minas, que culminou na morte de 26 pessoas.  
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